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Eleições  | 28/08/2010 16h38min

Sabatina na Expointer reproduz tom de campanhas

Candidatos responderam a questionamentos de entidades do setor agropecuário

Atualizada às 19h12min Adriano Barcelos  |  adriano.barcelos@zerohora.com.br

Com duração de uma hora e meia, o debate entre os principais candidatos ao Piratini – José Fogaça (PMDB), Tarso Genro (PT) e Yeda Crusius (PSDB) –, na tarde deste sábado, foi muito mais propenso a consensos entre as propostas dos candidatos que a posturas críticas entre eles. A sabatina ocorreu na Casa RBS, na Expointer, em Esteio.

O formato não previa questionamentos entre os disputantes, mas as perguntas dos representantes das entidades do setor agropecuário se responsabilizaram por apimentar o encontro.

Um dos momentos que quebrou a monotonia do debate foi quando o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, encaminhou questionamento aos candidatos sobre a postura a ser adotada para coibir invasões de terra.

Primeiro a responder, Tarso disse que pretende adotar a mesma postura adotada no seu período de ministro da Justiça:

— A postura vai ser de antecipação. Localizar onde estão os focos de problemas para dialogar, para evitar que aquele copo se encha. Diálogo e extrema superioridade de forças para não ter que usá-la.

Yeda destacou que "a realidade no campo já mudou":

— Reafirmamos no governo que cumpriríamos as leis em qualquer campo, segmento ou atividade.

Fogaça, por sua vez, propôs uma postura de diálogo e de inteligência na identificação dos focos de conflito.

— É preciso identificar as ações dos movimentos. Ter isso mapeado e sob controle. É preciso um programa de qualificação da nossa BM para criar mecanismos de desmonte de situações de violência.

Outra pergunta que provocou algum desconforto no trio foi em relação ao orçamento da Secretaria da Agricultura. Tarso e Fogaça criticaram a queda sistemática dos valores disponíveis para a pasta ao longo dos ano. O petista chegou a apresentar números do percentual destinado para a agricultura nos governos Olívio Dutra (PT), Germano Rigotto (PMDB) e o atual, de Yeda. A tucana, última a responder a questão, disse que os valores da Agricultura hoje são menores porque há outras duas pastas, a de Irrigação e a de Relações Institucionais.

– Criamos duas secretarias que têm orçamento próprio para servir à agricultura. Somam orçamentos que, quem sabe, a agricultura nunca tenha tido antes.

O debate — ou sabatina, já que os candidatos não discutiram entre si — reproduziu o tom das campanhas dos candidatos. Tarso associou suas propostas a iniciativas do governo Lula, Fogaça prometeu abertura ao diálogo para que o Estado avance e Yeda reafirmou a importância do acerto nas contas públicas para o progresso em um segundo governo.

ZERO HORA
Tadeu Vilani / Divulgação

Participam do debate Yeda Crusius, Tarso Genro e José Fogaça
Foto:  Tadeu Vilani  /  Divulgação


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