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Eleições  | 15/08/2010 16h

Divulgados documentos que indicariam suposta lavagem de dinheiro por parte de Roseana Sarney

Registros foram conseguidos nos arquivos do Banco Santos

O Jornal O Estado de São Paulo divulgou neste domingo uma série de documentos que estão nos arquivos do Banco Santos e que indicariam que a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e seu marido, Jorge Murad, simularam um empréstimo de R$ 4,5 milhões para resgatar US$ 1,5 milhão que possuíam no exterior.

Os papéis, incluindo um relatório confidencial do banco, dariam detalhes da operação, montada legalmente no Brasil, com um prazo de seis anos. Os relatórios mostram, no entanto, que o empréstimo foi pago por meio de um banco suíço cinco dias depois da liberação dos recursos no Brasil.

O dinheiro foi, segundo os documentos apurados pelo jornal, investido na compra de participações acionárias em dois shoppings, um em São Luís e outro no Rio de Janeiro. O Banco Santos teria servido apenas como ponte para Roseana e Murad usarem os dólares depositados lá fora. É o que o mercado financeiro batiza de operação "back to back".

O acordo ocorreu em julho de 2004 entre a governadora, seu marido e Edemar Cid Ferreira, até então dono do Banco Santos, que quebrou quatro meses depois e passa por intervenção judicial até hoje. Afastado do banco, Edemar é íntimo da família Sarney. Ele foi, inclusive, padrinho de casamento de Roseana e Murad.

Segundo a publicação, os documentos, obtidos com ex-diretores da instituição, reforçariam os indícios de que a família Sarney tem contas não declaradas no exterior, apesar de negar o fato.

De posse dos documentos, a reportagem do jornal procurou em São Paulo o administrador judicial do Banco Santos, Vânio Aguiar, para se certificar de que os papéis estão nos arquivos oficiais da instituição bancária. Ele confirmou a veracidade dos documentos.

— Eu não sabia da existência deles. Mandei levantar e confirmo a existência desses documentos que você me mostrou nos arquivos do banco —, disse Aguiar ao Estado que declarou ainda que os papéis foram encontrados na área de operações estruturadas. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

Agência Estado
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