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Propaganda eleitoral  | 14/08/2010 17h48min

Candidatos ao Piratini mudam hábitos para adequar rotina à propaganda eleitoral de rádio e TV

Cuidados com a saúde e com a voz estão entre os cuidados tomados pelos nove postulantes ao governo do Estado

Mariana Kalil  |  mariana.kalil@zerohora.com.br

A propaganda eleitoral obrigatória entra no ar na próxima terça-feira nas rádios e na televisão. Confira como os candidatos ao governo do Estado se preparam para as gravações e para manter o ritmo da campanha:

Quatro litros de água para hidratar a garganta



Fogaça tem uma guardiã que transita com discrição a sua volta e que telefona constantemente para os assessores para receber boletins diários sobre sua alimentação. É Isabela Fogaça, mulher do candidato.

— Ela é nutricionista e exigente. Determina que eu tome café da manhã e almoce direito, liga para quem está comigo, faz o cerco completo — sorri.

Isabela proíbe o consumo de gordura, resolução acatada com satisfação pelo peemedebista.

Adepto da ingestão de dois litros de água por dia, em época de campanha e às vésperas do início do programa eleitoral na TV, ele dobra a quantidade: bebe quatro litros.

— A voz é exigida demais. Onde quer que eu vá, levo sempre várias garrafinhas. É a maneira mais eficiente de hidratar a garganta.

Bala de gengibre, ele tentou mascar com o objetivo de preservar a voz, mas não notou eficácia.

— Achei folclore — diz.

O fonoaudiólogo Leonardo Lopes concorda:

— Essas balas agem na faringe, e não na laringe, onde é produzido o som. Não é um hábito que modificará ou ajudará na voz da candidato.

Detalhes

- Fogaça tem adoração por diversas santas, mas Nossa Senhora da Conceição é a predileta e a quem mais recorre, sobretudo nessa época.

— Era madrinha do meu pai. Desde criança, tem um significado simbólico para mim.

- Ele não ingere nenhum tipo de gordura. Passa longe de costela e afins.

— Só como carne magra, como um bom vazio — explica.

- Camisa de manga comprida é a peça eleita para a TV. Na campanha para a prefeitura e para o Senado, em 2002, foi assim.

— É a melhor maneira de não errar — ensina.

Primeira refeição do dia é um "ritual sagrado"



O dia de Tarso começa cedo, às 5h30min. E termina cedo também: Tarso apaga a luz antes das 22h30min, após ler Play, de Ricardo Silvestrin. Não abre mão, sobretudo em época de campanha, de um reforçado café da manhã que inclui café com leite, pão, manteiga e um copo de suco de maçã ou laranja — na companhia da gata Mel. Em seguida, acorda a mulher, Sandra, para fazerem juntos o desjejum:

— Esse é meu ritual sagrado.

Às 7h30min, dedica-se a caminhadas e à musculação. Há 15 anos, tem o hábito de tomar a vacina contra a gripe. Por isso estranhou, há cerca de um mês, quando um resfriado mais forte ameaçou se instalar.

— Mas febre nunca mais tive — diz.

Cuidados com a garganta fazem parte da rotina do petista, e ele segue a recomendação de um amigo que indicou mascar cristais de gengibre.

— É um hábito de 20 anos que se intensifica em época de campanha.

Para falar com o eleitor na TV, optou por terno e gravata.

— Não permito invasão de opiniões a esse respeito. A roupa é um complemento da personalidade da pessoa e não um aspecto especial dela.

Detalhes

- Apesar de não ser devoto, Tarso nutre uma simpatia especial pela figura de São João Batista "pela memória afetiva de infância".

- A recomendação médica de comer uma banana por dia para evitar cãibras é outro costume que ganha ainda mais importância próximo das eleições em que Tarso é candidato.

— A banana tem potássio e, para mim, é um alimento sagrado — decreta.

- Gravata em tons de cinza e vermelho são as prediletas para o horário eleitoral na TV, combinadas a camisas brancas ou claras. Tarso não permite intromissão sobre suas roupas durante a campanha.

— Prefiro me vestir com o que me sinto bem.

Para a consultora de moda e estilo Roberta Gerhardt, ele deveria evitar a gravata cinza.

— Não oferece a linguagem visual adequada. Cinza não é cor de gravata para usar na TV por nenhum candidato — diz ela.

Série de alongamentos para evitar dores nas costas



Uma agenda capaz de conciliar a atividade de governadora e de candidata resultou em um problema nas costas de Yeda. Esportista de toda a vida, não teve escolha senão retomar a rotina de alongamentos que havia deixado de lado em meados de 2008. É uma série que a governadora recita de cor para o interlocutor e beneficia pescoço, braços, costas e pernas.

— O bom é que, onde quer que eu esteja, paro por cinco a 10 minutos e tenho esse cuidado com a saúde. Respirar direito é outra preocupação que venho tendo — explica.

Para otimizar o tempo e não perder o pique, a tucana prefere tomar apenas um caldo de legumes no almoço. No inverno, se dá o privilégio de beber um cálice de vinho do porto. À noite, prefere não jantar:

— Não por estética, mas para evitar que o cansaço bata e eu perca o ritmo.

Ela não quis interferência de personal stylist no figurino da TV. Aproveitou as liquidações e fez um estoque de blazers, camisas coloridas e camisetas. Às segundas-feiras, tem hora na manicure e entrega cabelo e maquiagem aos cuidados de Carlos Ramos e Léo Pacheco, profissionais de confiança há mais de três anos.

Detalhes

- Virgem Maria é a quem Yeda costuma se dirigir. Tem dezenas de imagens no palácio. Em casa, guarda com carinho uma estátua de Santo Expedito, o santo das causas impossíveis.

— Parece que esse governo foi uma dessas causas — exclama.

- Caldo de legumes com carne é o almoço diário de Yeda em época de campanha. — Meu sistema é caldinho na cumbuca, porque é leve e prático. Aproveito para tomá-lo enquanto converso com a minha equipe.

- Evitar o preto em época de campanha: a orientação dos assessores é seguida à risca.
— Há a ideia de que não se deve vestir preto para passar uma mensagem — diz Yeda. A consultora de moda e estilo Roberta Gerhardt discorda: — O preto pode e deve ser usado por ela. É a cor da mulher moderna que trabalha — aconselha.

Outros seis candidatos ao governo do Estado, apesar do curto tempo de exposição na TV, fazem questão de manter uma rotina espartana de exercícios físicos e cuidados com a saúde e com a voz para se apresentar ao eleitor gaúcho em horário nobre.

MONTSERRAT MARTINS (PV)

- Segue orientação do partido e evita roupas em tons de verde para fugir da obviedade. A mulher, Diana, e a irmã, Marcia Martins, que é consultora de moda, são fontes de ideias sobre o figurino do candidato.

PEDRO RUAS (PSOL)

- Fumante, diminuiu bastante a quantidade de cigarros por dia com o objetivo de melhorar a voz para o horário político e evitar novos problemas de tireoide. Manterá na TV o traje composto de terno e gravata.

JULIO FLORES (PSTU)

- Realiza caminhadas e faz dieta com acompanhamento de uma nutricionista. Tem procurado incluir saladas e água no cardápio. O mais difícil tem sido evitar o churrasco, pois é grande apreciador de carne.

AROLDO MEDINA (PRP)

- Militar, tem a disciplina como ponto forte, e ela inclui caminhadas e natação, além de um cálice de vinho tinto, que tem eficácia comprovada contra problemas cardiovasculares.

CARLOS SCHNEIDER (PMN)

- Paletó escuro, camisa branca e gravata vermelha será seu guarda-roupa na TV. Se preocupa em exercitar o tom pausado da voz para passar a mensagem rápida que o curto tempo de programa exige.

HUMBERTO CARVALHO (PCB)

- Tem buscado não pular a refeição do meio-dia, hábito que, não raro, acontece. Em dias de tempo bom, caminha à beira do Guaíba e, apesar da gagueira, não pretende recorrer ao auxílio de fonoaudiólogo.

ZERO HORA
Nuvem Esperança

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