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Eleições  | 11/08/2010 14h56min

Candidato do PMN ao Piratini diz que não quer mais "soprar tributos" para o centro do país

Carlos Schneider foi o sexto candidato a participar de série de entrevistas promovida por Zerohora.com

Atualizada às 17h09min

O candidato a governador do Estado, Carlos Otavio Schneider, do Partido da Mobilização Nacional (PMN), foi o sexto convidado a participar da série de entrevistas promovida por Zerohora.com com os postulantes ao Piratini. Durante meia hora, Schneider foi entrevistado pelos jornalistas de política de Zero Hora, Leandro Fontoura e Adriana Irion.

Como principal bandeira de campanha, o candidato assumiu a questão tributária. Schneider afirmou que quer "lutar pelas receitas que não são repatriadas aos Estados" e procurar deixar no Rio Grande do Sul estas arrecadações, mesmo que isto signifique uma guerra fiscal com outros Estados da União: 

— Nós não podemos continuar soprando tributos para o centro do país e jogar no ralo do desperdício.

Segundo o candidato, os impostos deveriam ser divididos entre os municípios, na ordem de 45%, o que não acontece hoje e resultaria em um "filão extraordinário de tributos".

Entre suas propostas, o candidato destaca a reforma tributária "com vistas a reduzir a carga" de impostos pagos pelos gaúchos. Schneider quer reduzir o ICMS, especialmente no setor do agronegócio. 

— Ninguém gosta de comer impostos — afirmou o candidato, referindo-se às altas alíquotas do trigo e do leite. 

Em sua reforma tributária, ele propõe, ainda, combater a sonegação, somando esforços com a Polícia Federal e ministérios para evitar o contrabando de bebidas e alimentos na fronteira.

Assista à entrevista do candidato:



Sistema carcerário

Para resolver a crise no sistema carcerário, Schneider propõe que seja feita uma reforma no código penal. O candidato também acredita na "interiorização" e "readequação" dos presídios, com a participação intensa dos municípios: 

— Concentrar os presos dentro dos presídios na Capital me parece um equívoco .

A favor das penas alternativas, Schneider afirma ser contrário "à privação da liberdade para crimes leves". Para o candidato, também é necessário avaliar a real necessidade de detentos em prisão temporária ficarem encarcerados.

Educação

Schneider se diz favorável à meritocracia no ensino público, pois acredita que este sistema faz com que "o magistério se atualize". Antes de proporcionar recompensas, o candidato pretende, em um eventual governo, aumentar o salário e reformar o plano de carreira dos professores, o que seria possível com a readequação da matriz tributária.

Para o candidato, o professor também precisa ter segurança para estar em sala de aula: 

— Um povo educado é aquele que não precisa de repressão contra o crime.

Transporte

O candidato diz que "não consegue entender" as diferenças de preço entre os valores de alguns pólos de pedágio, se a conservação das rodovias tem caráter homogêneo.

Schneider é a favor de readequar os contratos feitos pelo atual governo, desde que o preço das tarifas de pedágio caia pela metade.

Sobre a construção do metrô em Porto Alegre, o candidato afirmou que será um compromisso de seu governo: 

— No nosso governo, todo o transporte ferroviário terá o nosso apoio.

Meio Ambiente

Questionado por um internauta se pretendia acabar com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Schneider afirmou que pretende incorporá-la à Secretaria do Meio Ambiente.

Conforme o candidato, alguns projetos importantes deixam de ser deferidos pois "adormecem" na fundação por meses. 

— A Fepam tem tido um comportamento de muitas vezes ser mais um órgão fiscalista, autuador de multa, penalista e não um orgão parceiro — justificou o candidato.

Experiência para governar

Um internauta questionou o candidato sobre sua experiência para administrar o Estado em um eventual governo. Schneider respondeu que está exercendo sua cidadania, pois "todos temos o direito de votar e ser votado": 

— Não posso me recolher a tanta insignificância e assistir a tudo passivo.

Se eleito, o candidato pretende chamar outros partidos para compor a base administrativa. 

— Não vou governar sozinho, vou governar com todos — concluiu.

Assistência social

O programa "Comida Urgente" é uma das bandeiras da campanha do candidato na área de assistência social. O projeto, construído por meio de parcerias privadas, consiste em um conselho gestor que cadastra pessoas carentes e proporciona a elas acompanhamento alimentar, psicológico, médico e dentário. 

— Em todas as semanas são feitos mutirões em que as pessoas são servidas de alimentos.

Saúde

O candidato é a favor da criação de albergues públicos para hospedagem de pessoas carentes que venham à Capital em busca de tratamento médico.

Turismo

Schneider quer incentivar o turismo histórico, cultural, ecológico e gastronômico do Rio Grande do Sul. Para isso, propõe parcerias com a iniciativa privada: 

— O Estado não tem que ser o elemento a instalar essa indústrias do turismo, isso cabe à indústria privada. O Estado tem que ser parceiro.

Veja o bate-papo do candidato com eleitores:

ZEROHORA.COM
Carlos Edler / 

O candidato a governador, Carlos Schneider, participou de entrevista realizada por jornalistas de Zero Hora
Foto:  Carlos Edler


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