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Eleições  | 05/08/2010 05h12min

"Não existe má-fé nenhuma", diz procurador sobre acusação de Pompeo de Mattos

Diretor da Associação Nacional dos Procuradores da República saiu em defesa do colega Carlos Augusto Cazarré

Um dia depois de Pompeo de Mattos (PDT), candidato a vice-governador na chapa de José Fogaça (PMDB), ter afirmado que o procurador eleitoral Carlos Augusto Cazarré atua com má-fé, ontem foi a vez de João Heliofar de Jesus Villar, diretor da Associação Nacional dos Procuradores da República, sair em defesa do colega. A seguir, a síntese da entrevista a ZH:

ZH – Como o senhor avalia a acusação de Pompeo de Mattos, afirmando que o procurador Cazarré atua com má-fé?

João Heliofar – Má-fé para conseguir o quê? O que o Ministério Público ganharia propondo uma ação desta natureza? Não existe má-fé nenhuma, o que existe é uma atuação institucional. A forma como o doutor Cazarré interpretou a Lei da Ficha Limpa – inclusive a partir de uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral decorre do fato de que, em 2009, o deputado foi condenado por abuso de poder econômico. E a lei estabelece que os oito anos de inelegibilidade se aplicam a fatos julgados antes da edição da lei.

ZH – Pompeo diz que a pena foi cumprida. Para ele, não seria correto aumentar a punição.

Heliofar – O problema é que o TSE, consultado sobre a aplicabilidade da Ficha Limpa, estabeleceu que essa sanção de oito anos se aplica a fatos já julgados. Como surgiu esta nova lei, é dever do Ministério Público levar a discussão ao Judiciário.

ZH – O deputado sugere que, por ter sido absolvido por sete votos a zero no TRE, o Ministério Público cometeu um excesso.

Heliofar – O sistema é assim mesmo. O fato de ser sete a zero, ou quatro a três, do ponto de vista jurídico não faz diferença.

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