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Eleições  | 31/07/2010 04h49min

Finalistas da terceira fase do Jovem Cidadão apresentam suas propostas

Em setembro, as ideias dos 12 selecionados serão levadas a candidados ao Piratini

Manter o jovem no campo, combater o bullying nas escolas e aumentar as alternativas de lazer no Interior são temas que a gurizada gostaria de ver tratados pelos políticos.

Entre outros assuntos, estes foram levantados por crianças e adolescentes de todo o Estado ao participarem do concurso cultural Jovem Cidadão. Eles deveriam responder à pergunta “Que projetos para os jovens os políticos poderiam criar e por quê?”,

Ao final da terceira etapa, três textos foram selecionados entre os enviados por dezenas de jovens gaúchos. Os vencedores foram Daiana Dal Ros, 11 anos, de Ijuí, Mateus Kasmirski, 13 anos, de Nova Prata, e Giovani Culau Oliveira, 16 anos, de Porto Alegre.

Professores aproveitaram a proposta para discutir política em sala de aula e incentivar os alunos a participar do concurso. Alunos de escolas como o Colégio Evangélico Alberto Torres, de Lajeado, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Angela Pellegrini Paludo, de Nova Prata, as escolas estaduais Jerônimo de Ornelas e Inácio Montanha, de Porto Alegre, o Colégio Bom Jesus São Miguel, de Arroio do Meio, e o Colégio Estadual Professor Jacob Milton Bennemann, de Feliz, colaboraram com várias participações.

Ainda há tempo para os interessados. A última etapa do concurso já está recebendo inscrições e deverá ter seus finalistas publicados no final de agosto. Em setembro, as ideias dos 12 finalistas serão apresentadas aos candidatos ao governo do Estado para que se manifestem sobre os temas.

Confira os textos dos três finalistas:

Promessas cumpridas
Daiana Dal Ros, 11 anos, 6ª série do Colégio Sagrado Coração de Jesus, de Ijuí

Em mais um ano de eleições, surgem muitas promessas, como as de projetos para incentivar crianças e jovens a deixarem as drogas, a prostituição e tantos outros desajustes sociais. O problema é que essas ótimas propostas são esquecidas após o sucesso das eleições, e as que vingam são as que não estimulam o jovem ao trabalho ou vem ajudar quando já não se tem muito a fazer. Penso que tais projetos deveriam ser de prevenção, de ocupação e de aprendizado, e seria bom que se realizassem, pois o jovem iria perceber que o sucesso só vem antes do trabalho no dicionário.

Também gostaria de colocar a minha ideia sobre educação. Percebo a necessidade de as leis serem realmente aplicadas nos casos de bullying, pois os praticantes não são devidamente punidos, por isso tanto a prática de bullying como o cyberbullying se torna cada vez mais frequente com alunos e começa a atingir também os professores, que se sentem desestimulados e muitos, consequentemente, vão deixando a profissão que já não é tão atrativa. Daí vem a necessidade de valorizar os professores e gratificá-los devidamente para que atuem nestes projetos de educação que eu, como estudante, quero que se realizem, pois gostaria que todas as crianças e jovens tivessem as mesmas oportunidades e a mesma educação de qualidade que tenho.

Enfim, espero que estes projetos deixem de ser simples ideias, e brevemente se tornem promessas cumpridas.

Jovens agricultores
Mateus Kasmirski, 13 anos, 7ª série da Escola Municipal de Ensino Fundamental Angela Pellegrini Paludo, de Nova Prata

Às vezes, alguns políticos só pensam em projetos que beneficiam o presente, e não pensam em projetos que vão melhorar o futuro do país, e o futuro depende dos jovens.

Os alimentos que comemos todos os dias são produzidos pelos agricultores. Mas os jovens agricultores, que são os futuros agricultores, não querem morar e trabalhar na zona rural. Querem morar na cidade para conseguir emprego e ter uma vida melhor, mas nem todos se dão bem. E sem os agricultores, quem irá produzir nossos alimentos?

Por isso, eu acho que os políticos deveriam pensar em projetos para incentivar os jovens agricultores a permanecerem na zona rural, ensinando novas técnicas de produção e de controle natural das pragas, bem como formas de irrigação. Receber incentivo para aulas de informática e para cursos voltados para a agricultura podem fazer esses jovens se sentirem valorizados e com esperança de um futuro melhor trabalhando na agricultura.

Unidades de apoio ao jovem
Giovani Culau Oliveira, 16 anos, 2º ano da Escola Estadual de Ensino Médio Padre Reus, de Porto Alegre

Os problemas sociais que rodeiam os jovens gaúchos e brasileiros são diversos, desde a insegurança até a precariedade da educação e a falta de oportunidades.

Neste contexto, é indiscutível a necessidade da implantação das escolas de tempo integral, que poderiam ao menos amenizar muitos desses problemas. Como atender alunos de diferentes escolas que necessitam dos serviços deste tipo de modalidade escolar de maneira mais fácil e num espaço de tempo menor?

A meu ver, começando pelas zonas de maior índice de violência e pobreza, poderiam ser construídas as unidades de apoio ao jovem e adolescente, esta unidade funcionaria integrada com várias escolas, onde os alunos, dando prioridade para aqueles em maior vulnerabilidade social, após as aulas seriam dirigidos pelo próprio Estado a estas unidades, onde receberiam reforço escolar, atendimento médico e alimentação adequada, praticariam esportes, onde poderiam fazer cursos de dança e música, um lugar que ofereceria cursos técnicos e de línguas, pois na escola pública ninguém aprende uma língua estrangeira, mesmo que esta seja dada.

Além disso, essas unidades devem contar com o serviço de psicólogos e assistentes sociais, trabalhando junto com as famílias e proporcionar acesso à cultura, com espaços para exibições de filmes, teatros, shows e etc.

O funcionamento dessas unidades melhoraria a qualidade da educação, dariam ao jovem atendimento médico de qualidade e preventivo. Os cursos de qualificação fariam com que os jovens entrassem mais facilmente no mercado de trabalho e toda esta conjuntura diminuiria os índices de violência. Assim podemos construir um novo RS e um novo Brasil.

ZERO HORA
Nuvem Esperança

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