O candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, se viu diante de um dilema na sua passagem por Porto Alegre. Em entrevista à colunista Rosane de Oliveira, de Zero Hora, o tucano distribuiu elogios a vários partidos. Serra evitou prestar apoio contundente a quaisquer candidatos ao Piratini.

O motivo é que Yeda é candidata do partido, mas ele conta também com a simpatia de José Fogaça, do PMDB. Mesmo sendo de um partido nacionalmente coligado com o PT de Dilma Rousseff, o ex-prefeito de Porto Alegre prega "imparcialidade ativa" na hora de manifestar apoio nas eleições majoritárias para o governo federal.

— O Fogaça gosta de mim. Não vou fazer previsões, fico meio constrangido de prever o que Fogaça vai fazer, mas o considero um bom nome para o governo, assim como a Yeda. Tenho o luxo de estar descansado porque o governo do Rio Grande do Sul vai ter um bom governador no futuro — disse o candidato.

José Serra lembrou que muitos dos parlamentares gaúchos do PMDB declararam apoio a sua candidatura. Em reunião realizada em maio na Capital, o candidato conversou com sete dos nove deputados do PMDB:

— Acho que no PMDB a esmagadora maioria dos parlamentares não só está comigo como até declarou isso. Eu faço campanha com eles da mesma maneira que faço com os parlamentares da nossa aliança, do PP, do PSDB e do PPS. O PP do Rio Grande do Sul tem uma vantagem, é o melhor PP do país.

Serra declarou ainda que pretende fazer um comitê interpartidário, buscando participação inclusive do DEM, que preferiu não se coligar com nenhum candidato no Estado e deve permanecer neutro durante o primeiro turno.