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 | 01/07/2010 06h35min

Casais de brasileiras e holandeses: unidos pelo amor, separados pelo futebol

Equipes disputam uma vaga nas semifinais da Copa nesta sexta-feira

Mariângela Guimarães | Especial/Amsterdã

Não é fácil assistir a uma partida de futebol ao lado de alguém que torce para o outro time. Menos ainda quando se trata das quartas de final da Copa do Mundo. Para os casais em que cada um é de uma nacionalidade, o embate entre Brasil e Holanda promete ser um jogo difícil em mais de um sentido.

Que o diga a carioca Luca Clark. Há 19 anos morando na Holanda, ela ainda se lembra do que passou em 1994, quando os dois países se enfrentaram e o Brasil venceu por 3 a 2, na Copa dos Estados Unidos. Embora adore futebol, ela está até cogitando não assistir ao jogo nesta sexta-feira.

— No fim eu vou assistir, mas nem quero pensar no que vai acontecer. Digo que também vou ficar feliz se a Holanda ganhar, mas sei que não é assim. Nestas horas a gente é sempre Brasil.

A pernambucana Graça de Oliveira e o holandês Peter Berger formam o típico casal verde, amarelo e laranja. Graça, que vive há 20 anos na Holanda, está meio abalada com o encontro fatal das duas seleções.

— Eu estou um pouco triste, porque já está tão próximo. Depois de sexta-feira só vai ficar um. Não consigo mais torcer o tempo todo só por um país, como era no início. Aconteceu naturalmente. O tempo fez isso. Não consigo mais ser 100% Brasil — lamenta a brasileira.

Na casa de Emanuele e Maarten de Haan, bandeiras do Brasil e da Holanda enfeitam as janelas desde o início da Copa.

— Nos outros jogos, quando a Holanda jogava, eu era totalmente laranja, e nos jogos do Brasil ele era totalmente verde e amarelo, mas agora é cada um por si — diz Emanuele.

O marido, Maarten de Haan, não é fanático por futebol, mas em época de Copa do Mundo se transforma.

— É mais por nacionalismo, não só pelo futebol — explica.

Dividido mesmo está o bebê do casal, que ganhou uma camisa holandesa e um calção brasileiro.

— Ele vai ser sempre meio esquizofrênico, mas sairá sempre vencedor — brinca Maarten.

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