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Eleições  | 25/06/2010 05h23min

Candidatos a vice-governador prometem relação paz e amor

Relação conturbada entre Yeda e Feijó é exemplo a ser evitado, garantem políticos

Aline Mendes  |  aline.mendes@zerohora.com.br

Três anos e meio depois da guerra declarada entre a governadora Yeda Crusius e o vice Paulo Feijó, os três principais candidatos ao posto de vice almejam uma relação de paz e amor com o chefe do Executivo. Só que Berfran Rosado (PPS), Beto Grill (PSB) e Pompeo de Mattos (PDT) buscam mais do que um papel de substituto.

Antes de ingressar para valer na campanha ao lado de Tarso Genro (PT), Grill já se encarregou de discutir com o ex-ministro da Justiça como será sua participação num eventual governo. Ao retornar de Uruguaiana ontem, o ex-prefeito de Cristal e de São Lourenço do Sul disse que pretende criar um ambiente para que Tarso possa agir como estadista:

– Serei um vice participativo, companheiro, fiel ao governador. Já temos um compromisso, ele vai me repassar atividades importantes dentro do contexto do governo.

Anunciado vice de Yeda na segunda-feira, Berfran afirmou que vai estar “dois passos ou mais” atrás da governadora. O nome do ex-secretário e deputado estadual no terceiro mandato foi aprovado por ela depois de idas e vindas com indicações do PP. O parlamentar, no entanto, não considera ideal a distância física entre o governador, que despacha no Palácio Piratini, e o vice, que atua no Palacinho. Ontem, antecipou que será o “guardião do ajuste fiscal” no caso de Yeda se reeleger.

Vices ganham importância no período de campanha

Com penetração política no Interior e no terceiro mandato como deputado federal, Pompeo quer ser o “fiel escudeiro” de José Fogaça (PMDB). Quando questionado sobre a sua atuação, é cauteloso:

– Quero estar a uma distância do governo que não seja longe ao ponto de não saber o que está acontecendo e nem tão perto ao ponto de estar interferindo.

Além de ter de conviver com a figura permanente de um titular – uns centralizadores, alguns poucos adeptos a compartilhar missões –, os vices enfrentam outro paradoxo: o de terem maior importância durante a campanha do que depois de eleitos. Pelo peso que representam em alianças, eles são peças-chave no período de busca de votos. Nos quatro anos de governo ficam reduzidos ao papel de substituto para situações cada vez mais raras.

– A grande importância do vice é política. José Alencar não tem responsabilidades de governo. Ele foi importante na eleição de 2002 porque para Lula era importante sinalizar com abertura. O vice complementa o titular em relação à área que ele não tem tanta força – analisa o cientista político André Marenco.

A menos de seis meses de encerrar o conturbado mandato, Feijó dá dicas ao seu substituto:

– Que os dois se conheçam, saibam como o outro pensa e que possam agregar e contribuir num projeto para o Rio Grande do Sul.

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