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Eleições  | 22/06/2010 04h49min

Lara deixa disputa ao Piratini e se declara neutro

PTB e DEM só devem negociar negociar apoio ao governo do Estado no segundo turno

Aline Mendes  |  aline.mendes@zerohora.com.br

Sustentada por sete meses, a candidatura de Luis Augusto Lara (PTB) ao governo do Estado ruiu ontem durante reunião-almoço do partido. Três horas após a celebração do casamento entre PSDB e PPS em nome da reeleição da governadora Yeda Crusius, o próprio Lara anunciou a desistência da disputa, ao lado do presidente do DEM no Estado, o deputado federal Onyx Lorenzoni.

A decisão do PPS foi fundamental para a saída de cena do petebista. Mas a posição de Lara nas pesquisas eleitorais e dificuldades financeiras e estruturais para organizar uma campanha majoritária também influenciaram na desistência.

— Enquanto as pesquisas mostram que os outros candidatos são conhecidos por 90% da população, a nossa candidatura é conhecida por 21% da população. Nos faltou, internamente, um pouco mais de mobilização. Nos faltou o cacoete e um candidato conhecido — afirmou Lara, que deve concorrer à reeleição.

O deputado ressaltou que cumpriu uma decisão do seu partido e deixou clara a disposição de continuar na disputa. Durante o discurso e ao responder perguntas de jornalistas, ele repetiu 16 vezes as palavras “oxigenação” e “renovação”.

Legendas liberaram o voto dos militantes

As duas legendas asseguraram que vão se manter neutras na disputa pelo Palácio Piratini no primeiro turno das eleições de outubro, mas liberaram o voto dos seus militantes. No segundo turno, os dois partidos pretendem apoiar, em bloco, o candidato que “subscrever” as suas propostas. Tanto Onyx quanto Lara não foram claros na hipótese de a governadora Yeda Crusius (PSDB) e Tarso Genro (PT) disputarem a segunda etapa da eleição. O DEM teria dificuldade de subir no palanque de ambos, pois é adversário dos petistas e teve uma relação tumultuada com a tucana.

— Muita gente achou que era uma aliança que se desfaria na primeira oportunidade. Foram colocados paralelepípedos — afirmou Onyx.

DEM e PTB decidiram dar prioridade às eleições legislativas. A pretensão é lançar até 14 concorrentes a deputado estadual, até seis para a Câmara Federal e dois nomes ao Senado. O PTB se prepara para homologar no dia 30, quando ocorrerá a convenção da sigla, a candidatura do ex-prefeito de Sapucaia do Sul Luiz Francisco Corrêa Barbosa a senador. O DEM deve bater o martelo em torno de um representante até sexta-feira, quando ocorrerá a convenção.

Do sonho à realidade
- Em novembro passado, o PTB lançou a candidatura do deputado estadual Luis Augusto Lara ao Piratini. A avaliação era de que a legenda poderia valorizar o próprio passe.
- Ao longo deste ano, o partido continuou a alimentar a ideia de construir, com o apoio de outras siglas pequenas, uma via alternativa às candidaturas de agremiações tradicionais. O projeto não prosperou porque cada um dos parceiros achava que tinha um nome melhor para apresentar à cabeça de chapa.
- Segundo os petebistas, foi fundamental para a desistência de Lara o apoio do PPS à candidatura da governadora Yeda Crusius (PSDB).
- Além disso, O PTB avaliou que seu candidato não demonstrou, nas pesquisas de intenção de voto, capacidade de ganhar musculatura. Também desestabilizou a candidatura o fato de o então presidente do PTB na Capital, José Carlos Brack, ter se tornado réu no processo que apura a morte do secretário municipal da Saúde Eliseu Santos.

ZERO HORA
Carlos Edler / 

Lara (de gravata) disse que, ao PTB, faltou "cacoete" e um candidato conhecido do eleitor gaúcho
Foto:  Carlos Edler


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