As autoridades sírias pediram hoje à Liga Árabe que convoque uma reunião urgente após o ataque israelense à "Frota da Liberdade", que transporta ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, informou a agência oficial de notícias síria "Sana".

A Síria é o primeiro país árabe que reagiu oficialmente ao ataque, no qual segundo a televisão israelense "Canal 10" morreram pelo menos 14 pessoas e várias dezenas ficaram feridas.

Segundo a "Sana", Damasco fez este pedido através de seu representante na Liga Árabe, Youssef Ahmed, que o entregou a este organismo com o objetivo de analisar as repercussões da agressão israelense contra a frota, composta por seis navios com mais de 750 pessoas a bordo.

O secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, convocou por enquanto uma reunião de emergência para amanhã do conselho permanente desta organização pan-árabe com o objetivo de analisar "o terrível crime cometido pelas tropas israelenses".

Em comunicado esta organização, composta por 22 países condenou o ataque militar israelense que qualificou de "crime" e de "ação terrorista".

Em janeiro de 2009, a Liga Árabe não conseguiu o apoio do número mínimo de países-membros necessários para realizar uma cúpula extraordinária de chefes de Estado para analisar a situação em Gaza, após uma ofensiva militar israelense contra este território palestino, o que aprofundou as divergências entre os Estados árabes.

Para que os países árabes se reúnam em uma cúpula é preciso o apoio de pelo menos 15 dos 22 países da Liga Árabe.

De Damasco também, o Hamas pediu à comunidade internacional e aos países árabes que peçam contas a Israel por seus atos.

Até o momento, o Exército israelense reconheceu em comunicado a morte de dez ativistas durante a tomada de controle das embarcações, que aconteceu esta madrugada a umas 20 milhas da faixa palestina.