Atualizada às 19h54min

A Coreia do Norte anunciou, nesta terça-feira, que romperá as relações com a Coreia do Sul, inclusive as comunicações, informaram as agências norte-coreana KCNA e sul-coreana Yonhap. O anúncio também foi publicado pela agência estatal da China, a Xinhua.

Além do rompimento de laços, também foi anunciada a anulação de um acordo de não-agressão. Todos os navios e aviões sul-coreanos terão acesso proibido às águas territoriais e ao espaço aéreo norte-coreano, explicou a KCNA em despacho recebido em Seul.

Segundo a Yonhap, em comunicado do norte-coreano Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia, o regime comunista afirmou que não haverá mais diálogo entre as Coreias durante o mandato de Lee Myung-bak como presidente da Coreia do Sul.

O regime de Kim Jong-il se comprometeu a congelar todo tipo de comunicação com a Coreia do Sul e afirmou que expulsará os sul-coreanos que trabalham no complexo industrial de Kaesong, situado em território norte-coreano e que durante anos foi um símbolo da futura reunificação das duas Coreias.

Durante todo dia, a Coreia do Norte realizou várias declarações com ameaças, em resposta à decisão anunciada ontem pelo presidente sul-coreano Lee Myung-bak para suspender o comércio entre as Coreias e levar à ONU o caso sobre o afundamento da embarcação há dois meses.

Na semana passada, uma investigação internacional determinou que um torpedo disparado por militares norte-coreanos provocou o naufrágio de um navio sul-coreano no dia 26 de março no Mar Amarelo (Mar Ocidental). O ataque deixou 46 marinheiros mortos. O governo norte-coreano negou as informações e prometeu retaliações em caso de punição.

A Coreia do Norte acusou Seul de ter "fabricado" provas e afirmou que os países estavam "próximos da guerra".

AFP E EFE