De olho na estrutura do PP no Interior, a governadora Yeda Crusius (PSDB) garantiu ontem o apoio da legenda para sua tentativa de reeleição. Fiel à tucana desde o início do mandato, em 2007, o PP decidiu ficar ao lado dela e indicar o vice da chapa no dia 7 de junho. Um dos principais cotados é o deputado federal Vilson Covatti.

Já a jornalista Ana Amélia Lemos vai concorrer em uma das duas vagas ao Senado. A decisão do diretório estadual, tomada por aclamação ontem, encerrou uma novela de desencontros que durou semanas. Apesar de os militantes do partido de Covatti terem indicado preferência por Yeda em consulta conduzida pela sigla, PP e PSDB não se entendiam em relação a detalhes da união. Os tucanos resistiram a aceitar exigências do PP. A sigla pediu coligação na disputa por vagas na Assembleia e na Câmara com o objetivo de ampliar suas bancadas.

Na avaliação do PSDB, a aliança na proporcional é um risco político, uma vez que sua representação pode minguar. Ao final das negociações, com a participação de José Serra, candidato tucano à Presidência, as duas siglas acertaram a coligação apenas para deputado federal. A resistência dos tucanos chegou a ser criticada ontem por integrantes do PP.

– Era fundamental a gente bater pé na aliança para a Assembleia. Ampliaria as bancadas e iria gerar renovação – disse o prefeito de Pelotas, Fetter Jr.

Campanha da governadora ganha reforço de prefeitos

Já o presidente estadual do partido, Pedro Bertolucci, defendeu o acordo com os tucanos:

– Fomos atendidos em 75% das nossas reivindicações, mas o importante é que encontramos o fundamental, a unidade partidária.

Para a governadora, a aliança representa reforço no Interior. Ao lado do PP, a governadora terá quase oito vezes mais prefeitos trabalhando por ela durante a campanha, segundo os resultados do pleito municipal de 2008. Serão 166 prefeitos aliados (147 do PP e 19 do PSDB).