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 | 21/05/2010 03h49min

Reforma no sistema financeiro dos EUA deve detectar crises mais cedo

Não será permitido resgate de banco com dinheiro de contribuinte, e consumidor terá orgão de defesa

Depois de as bolsas norte-americanas fecharem em queda, ontem à noite o Senado dos Estados Unidos aprovou a reforma do sistema financeiro. Trata-se de uma das prioridades do governo Barack Obama.

O objetivo principal é evitar uma crise semelhante à de 2008, detectando os riscos antes. Como vai limitar as liberdades do mercado financeiro, Wall Street, por meio dos republicanos, tentou bloquear o projeto.

Junto com os dados negativos do aumento dos pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA bem acima do esperado (chegaram a 471 mil) e a preocupação com a crise europeia, a expectativa da aprovação da reforma derrubou a bolsa de Nova York, que caiu 3,60%. A bolsa de São Paulo seguiu igual caminho e fechou com queda de 2,50%.

Foram 59 votos contra 39. Agora, o Senado e a Câmara dos Deputados vão acertar suas versões e enviar o texto final à Casa Branca, para a sanção de Obama. A reforma cria um órgão de defesa do consumidor financeiro ligado ao Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e impede intervenções de resgate das instituições financeiras com dinheiro do contribuinte.

Também foi incluída uma regulação mais restrita do mercado dos produtos derivados de dívida, que só poderão ser negociados de forma transparente, e a proibição das operações com alguns produtos financeiros acusados de ser a causa da crise imobiliária. A lei obriga o Fed a ser mais transparente, mediante uma auditoria do tribunal de contas norte-americano.

Uma das emendas determina que o representante de Washington no Fundo Monetário Internacional (FMI) deve bloquear os empréstimos da instituição quando não houver garantia de reembolso, como é o caso da Grécia. O governo dos EUA só deve conceder seu aval ao empréstimo do FMI com base na capacidade de reembolso do país beneficiado. A reforma inclui, também, uma regulação das agências de classificação de risco, criando uma entidade intermediária entre elas e as instituições financeiras que avaliam.

Corte de orçamento no Brasil atinge ministérios

No Brasil, o governo detalhou que a maior parte do corte de R$ 10 bilhões anunciado na semana passada sairá dos ministérios: R$ 7,6 bilhões. Outros R$ 2,4 bilhões virão principalmente da redução em subsídios a projetos e atividades e gastos com pessoal, entre outros itens.

No vermelho
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