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 | 03/02/2010 18h06min

Simon avisa: a paradinha está liberada na Copa








Boa, muito boa notícia para a Seleção Brasileira que vai disputar a Copa da África. A paradinha está liberada na Copa do Mundo da África do Sul.

Sabe aquela polêmica sobre a paradinha ser uma humilhação, quase um crime cometido pelo atacante contra o indefeso goleiro na hora do pênalti? E que, sendo assim, seria extirpada do futebol para todo e sempre? O presidente da Fifa, Joseph Blatter, chegou a colocar a discussão nestes termos, ao defender o fim do artifício.

Ficou só nisso. Não teve reunião da International Board, a entidade encarregada de regular as normas de arbitragem, nenhuma circular foi despachada para os árbitros da Fifa mundo afora, nada aconteceu desde então.

É o que garante Carlos Simon, que será anunciado na sexta-feira pela terceira vez seguida como um dos árbitros da Copa do Mundo. Feito, aliás, histórico. Um recorde para a arbitragem gaúcha e brasileira.

No Mundial de Clubes da Fifa, realizado em Dubai, nos Emirados Árabes, o assunto foi amplamente debatido pelos juízes em um encontro, antes de a bola rolar. O próprio Simon levantou o assunto para debate, já que a paradinha praticamente só acontece no Brasil.

Mais ainda: ele mesmo, Carlos Simon, com a experiência de quem já viu toda sorte de formas de cobrar o pênalti desta forma no Brasil, reino da paradinha, simulou com seus companheiros situações no campo.

— Tá liberado. Fica valendo a habilidade do batedor do pênalti, como diz a regra 14: é permitido fazer finta no tiro penal. Não pode ser aquele exagero, que configure conduta antidesportiva. Mas pode ter paradinha, sim — afirma Simon.

Portanto, tudo vai depender da interpretação de cada árbitro na Copa. Simon, por exemplo, já definiu alguns limites:

— Claro que não vou deixar dançar a chula antes de chutar. Nem ultrapassar a linha de bola, volta e bater. Mas parar, de repente chutar o chão antes de cobrar, pode — ensina Simon, que vai largar o apito após a Copa e não apenas sonha como fará de tudo para ajudar o amigo Leonardo Gaciba, de quem foi o principal incentivador na carreira, a herdar o seu escudo da Fifa.

Então, ficamos assim: a paradinha, inventada por Pelé, que ganhou contornos polêmicos depois dos exageros cometidos por alguns na tentativa de enganar os goleiros, está liberada para a Copa. Até ordem em contrário.


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