Shilton e Marcelinho sentarão nos bancos dos reús nesta sexta-feira, dia 23. A confusão entre os dois jogadores de basquete na final do Torneio 50 Anos Ciser, realizado no mês de setembro, em Joinville, vai ter mais um episódio. O Superior Tribunal de Justiça Deportiva (STJD) irá julgar os atletas. Caso sejam declarados culpados, o pivô e o armador ficarão de fora dos primeiros compromissos no Novo Basquete Brasil (NBB), que começa dia 1º de novembro.

Disputada no Ginásio Ivan Rodrigues, a final do torneio preparatório para o NBB foi interrompida antes do final do segundo quarto. A Ciser vencia o Flamengo por 27 a 23. Após um desentendimento, Shilton e Marcelinho foram expulsos.

O pivô joinvilense saiu da quadra. O armador da Seleção Brasileira e do Flamengo se recusou a deixá-la. Com isso, o árbitro encerrou a partida e declarou a Ciser/Araldite/Univille campeã.

Shilton foi denunciado por hostilidade e pode ser suspenso de um a três jogos:

— Vamos nos reunir para tratar uma estratégia de defesa para o Shilton — disse Luisão, dirigente da Ciser/Araldite/Univille.

Marcelinho pode ficar de fora de até seis partidas do NBB. Com isso, perderia o jogo contra a Ciser, na terceira rodada, em Joinville. Mas o atleta não acredita em punição:

— Sei que não vai dar em nada. Não tem a menor chance de eu ficar fora do NBB — disse ao site Globoesporte.com.

O jogador carioca foi enquadrado por atitude antidesportiva e tentativa de agressão ao árbitro.

Além da ameaça sobre os jogadores, o Flamengo corre risco de ter de pagar uma multa entre R$ 50 e R$ 500 mil. Isso caso seja declarado culpado pelo artigo 205 (dar causa à não realização ou impedir o prosseguimento de partida). Segundo sites especializados em basquete, André Guimarães, supervisor técnico do Flamengo, pode pegar um gacho de 30 a 180 dias por ofensa à arbitragem.