Em um dia com bastante trabalho de equipes e pilotos em Interlagos, com tempo fechado, os primeiros treinos livres do GP do Brasil acabaram ofuscados pela notícia veiculada pelo jornal espanhol As, que dá como certa a contratação de Bruno Senna por uma das novas escuderias da Fórmula-1, a Campos.

Foi o suficiente para todos os jornalistas tirarem os olhos da pista e correrem atrás do sobrinho do maior piloto de todos os tempos. A volta do nome Senna ao grid 15 anos depois já é por si só suficiente para agitar o circo.

Apesar do rápido desmentido do próprio Bruno, sua entrada na F-1 em 2010 é uma certeza. Ele prefere não confirmar o acordo com a Campos (teria como companheiro Pedro de la Rosa e patrocínio da Petrobras) para não tumultuar as negociações, tanto com a nova equipe quanto com as outras novatas, USF1, Manor e Lotus, além da Force India:

– Um pouco de cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. No começo deste ano, estava certo de que eu correria pela Brawn. E deu no que deu. Só vou confirmar quando estiver tudo assinado.

Interlagos está mesmo sempre intimamente ligado aos pilotos brasileiros. Além da notícia de Bruno Senna e do envolvimento de Rubens Barrichello na decisão contra seu companheiro de Brawn, Jenson Button, e o alemão Sebastian Vettel, da Red Bull, Felipe Massa foi atração destacada no circuito, ontem. Plenamente recuperado da lesão sofrida no treino do GP da Hungria deste ano, o piloto da Ferrari, dominador dos últimos três GPs do Brasil, saboreou a inegável idolatria atual.

No entanto, Massa preferiu dizer que estava em Interlagos a trabalho. E estava mesmo. Especialista do circuito paulista, o vice-campeão de 2008 veio para ajudar seu substituto, Giancarlo Fisichella, e o finlandês Kimi Raikkonen. Massa acompanhou os treinos dentro do box da Ferrari, fardado com o uniforme da equipe vermelha:

– Estou aqui para ajudar. Pela experiência em Interlagos e até no acerto do carro. A Ferrari venceu as três últimas provas aqui. Acho que dá a gente de novo no domingo.