Ao final do treino fechado de sexta-feira, o técnico Mário Sérgio revelou que a principal alternativa tática para enfrentar o Atlético-PR era o 4-4-2. Mas no empate com a equipe paranaense, neste sábado, ele armou o Inter no 3-5-2 - sistema utilizado na vitória de estreia, sobre o Náutico.

Em entrevista coletiva, Mário Sérgio desmentiu as próprias palavras de sexta-feira, e demonstrou certa contrariedade quando foi perguntado sobre a contradição.

– Não sou obrigado a falar para vocês o time que vai jogar. Isso é uma coisa corriqueira no futebol. Ninguém abre o time para ninguém. De jeito nenhum eu jogaria assim. Nunca pensei em jogar no 4-4-2. Porque voltaria se eu ganhei no 3-5-2? Eu seria um louco – justifica.

A insistência levou Mário Sérgio a responder com ironia, questionado se essas indefinições públicas poderiam atrapalhar os jogadores:

– Então eu estou atrapalhando o Inter, cheguei aqui para atrapalhar.

Depois, ele criticou os repórteres.

– A gente abre o treino, tenta ajudar vocês, mas a recíproca não é verdadeira. A gente vê defeitos como se fosse algum tipo de provocação. Da maneira como vocês me tratarem com respeito eu vou tratar vocês com respeito – reafirma.

Sobre a partida, ele explicou a entrada de Andrezinho pela ala-esquerda, no intervalo, substituindo Marcelo Cordeiro.

– Pela marcação, era óbvio que eu precisava colocar o Andrezinho, para jogar com o Taison. E ganhamos muito. Jogamos melhor. No primeiro tempo eles não chutaram nem meia bola a gol. No segundo tempo eu abri o time inteiro, eu tinha que arriscar. Era natural que eles apresentassem perigo no contra-ataque. Mas o jogo para nós valia a vice-liderança – explica.

Ele disse ainda que não se sente pressionado, e que o Inter merecia ter vencido:

– Não existe pressão. Eu tenho 45 anos de futebol. A pressão que existe é minha comigo mesmo, porque eu acho que tenho a obrigação de fazer o Inter ganhar. E o jogo estava nas nossas mãos, estava fácil.