| 21/09/2009 15h39min
Campeão da Copa Libertadores de 1995 pelo Grêmio, o volante santista Emerson conhece a força da equipe que o projetou para o futebol. Em entrevista ao programa Arena SporTV, na tarde desta segunda, o jogador disse que considera o Grêmio mais fraco que os times que estão no G-4 do Brasileirão. Ainda assim, é um time que pode complicar caso continue reagindo na competição.
– Acho que o Grêmio está um pouquinho abaixo dessas outras equipes, como Palmeiras, São Paulo e Goiás, pelo que eu vi da competição. Mas é uma equipe que, se deixar chegar, complica – disse o defensor.
O Grêmio vem reagindo, conquistou neste domingo a segunda vitória consecutiva e é o sexto colocado no Brasileirão, com 39 pontos – três a menos que o quarto colocado Goiás. Já o Santos de Emerson é o 12º, com 36. A situação alvinegra não é animadora, mas Emerson não desiste.
– Temos o objetivo da Libertadores. Está ficando mais difícil a cada jogo, os resultados não vêm e o nosso time não consegue. Temos de acreditar que podemos fazer algo a mais que aquilo que já viemos fazendo. Eu já esperava dificuldades até pelo equilíbrio do campeonato. Está difícil para todas as equipes – declarou.
Emerson também falou sobre Neymar, a promessa de craque do Santos que vem ganhando espaço aos poucos no time de Vanderlei Luxemburgo. Para o ex-gremista, o garoto ainda não tem imposição física suficiente para ser considerado um jogador de alto nível.
– Ele é muito fraco fisicamente ainda, tem de desenvolver. Estão fazendo um trabalho em cima disso. O futebol é muita força física. Se ele não está bem fisicamente, os outros passam por cima. Não é (jogador pronto), tem de aprender muito ainda. As pessoas cobram dele como se ele já fosse um jogador pronto. Não é assim – declarou.
A conversa sobre jovens talentos fez Emerson lembrar sua saída do Grêmio, em 1997, quando se transferiu para o Bayer Leverkusen, na época com 20 anos. O jogador apontou a diferença entre o futebol dos anos 90 e o atual. Hoje, jogadores ainda mais novos deixam os clubes para atuarem no Exterior.
– Até os clubes, por necessidade, vendem jogadores. Porque precisam, está muito complicada a situação. Eu lembro que quando saí do Grêmio, com 20 anos, foi o fim do mundo – recordou. – Hoje jogadores de 17, 18 anos vão para Rússia e Arábia. Não há mais a ambição de jogar em um clube de ponta. A ambição é agora ganhar dinheiro e ajudar a família – acrescentou.
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