| 20/08/2009 15h08min
A comemoração de Richarlyson após marcar o gol que garantiu a importante vitória do São Paulo sobre o Fluminense por 1 a 0 no Morumbi teve mais do que apenas a alegria em ter levado o time à segunda colocação do campeonato provisoriamente (o Goiás pode assumir a posição nesta quinta). A última quarta-feira fez o polivalente camisa 20 calar a parte da torcida que o critica e coroar uma redenção depois de um 2008 ruim e cheio de incertezas.
Há três anos no clube — o mais longevo depois de Rogério Ceni —, a carreira de Richarlyson sofreu altos e baixos no Morumbi. Em 2007, ao lado de Hernanes, formou a dupla de volantes que foi eleita a melhor do Brasileirão. Com um vigor físico invejável, ótimo posicionamento defensivo e visão de jogo, Ricky foi titular absoluto no ano do bicampeonato nacional.
No início de 2008, Muricy Ramalho optou por improvisá-lo na lateral esquerda para acomodar o recém-contratado Fábio Santos. Apesar de ser convocado para a Seleção Brasileira, a
mudança fez o atleta
espaço no time. Jean passou a atuar no meio-campo ao lado de Hernanes, e Jorge Wagner assumiu a ala esquerda. De quebra, o jogador ainda teve que suportar a perseguição de alguns torcedores, que não o aplaudiam e nem gritavam seu nome no estádio.
Na atual temporada, foi titular em alguns jogos do Paulistão e da Libertadores, ainda como lateral. Mesmo sendo o curinga do time, o jogador nunca deixou de demonstrar que mesmo não jogando em sua posição de origem, estava disposto a ajudar o time. E foi o que aconteceu. Ricardo Gomes assumiu o time e devolveu ao camisa 20 a moral que foi conquistada por ele em 2007. Após a derrota para o Corinthians, por 3 a 1 — o único gol do São Paulo foi dele — o treinador manteve o volante em sua posição de origem entre os titulares e sacou Jean, xodó da torcida. Deu certo. Richarlyson cresceu junto com o time e se tornou figura imprescindível no hexacampeão brasileiro.
Ciente da sua evolução, o jogador agradeceu o técnico por confiar em
seu futebol.
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Quando Ricardo chegou, em tom de brincadeira ele me chamou com o Hernanes e disse que a gente precisava ajudá-lo. Disse que havia tentado levar a gente para a França e isso foi uma coisa que me motivou. O mérito da evolução se não é 80% do Ricardo, acho que é 60%. Ele tira aquilo que o atleta tem de melhor. Ele tem muito a dar pelo São Paulo — garantiu o herói da última quarta-feira.
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