| 06/08/2009 09h11min
A Máfia do apito, como ficou conhecido o esquema de manipulação de resultados descoberto durante o Campeonato Brasileiro de 2005, pode ter seu último capítulo nesta quinta-feira. Os envolvidos no escândalo têm boas chances de sair impunes, segundo informações do GloboEsporte.com.
Estagnado desde 2007, quando o desembargador Fernando Miranda alegou um conflito em relação a um dos réus, o processo será avaliado pela justiça paulista, que definirá se as denúncias serão acatadas ou não, e as investigações retomadas ou arquivadas. Três desembargadores – um deles o próprio Fernando Miranda – estão encarregados de tomar a decisão.
Um dos maiores escândalos de arbitragem da história do futebol nacional, a Máfia do apito foi denunciada pela reportagem da Revista Veja em 2005, quando começou a ser investigada pela Polícia Federal. Sete pessoas foram denunciadas por estelionato e formação de quadrilha, mas todas estão em liberdade. Na época, apenas o árbitro Edílson Pereira de Carvalho, envolvido no esquema, chegou a ser detido.
A fraude consistia em um acerto de resultados com o juiz de determinada partida, o que garantia o lucro de golpistas em apostas milionárias em sites. A única punição concreta e definitiva foi o afastamento dos árbitros Edílson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon do quadro da CBF. Após a confirmação da manipulação de marcações durante as partidas, o STJD remarcou 11 confrontos do Campeonato Brasileiro. Na reedição dos duelos, o Inter acabou prejudicado, e o Corinthians sagrou-se campeão da competição.
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