Veste a camisa 7 e mede 1m86cm o jogador do Palmeiras que mais preocupação causa ao Grêmio no jogo de hoje à noite, 21h, no Parque Antárctica.

Conhecido dos gaúchos pela passagem de dois anos no Olímpico, o meia Diego Souza assusta pela maneira determinada com que costuma investir sobre a área adversária. Por tudo isso, merecerá cuidados especiais do time de Paulo Autuori, que busca melhorar o pífio desempenho de 4,8% em jogos fora de casa.

Até firmar-se como titular do Grêmio, na segunda metade de 2007, o zagueiro Léo costumava passar trabalho quando precisava marcar Diego nos coletivos. Não apenas pela qualidade, mas, também, pela força.

– Às vezes, ele vai trombando e arrastando tudo pela frente. É o jogador mais perigoso do Palmeiras. Tem que tomar muito cuidado – opina Léo.

Diego responde bem-humorado à preocupação do ex-colega:

– Ele falou isso, é? Que nada. Não é só um jogador que resolve as coisas num time, é todo o grupo. Fico feliz com as palavras, mas o Palmeiras é um time muito consistente.

De sua passagem pelo Grêmio, as melhores lembranças são da Libertadores de 2007. Diego foi decisivo em vitórias contra São Paulo e Santos, que empurraram o time à decisão contra o Boca Juniors.

Meia declara ter saudade do Olímpico

Adaptado ao clube e querido pela torcida, Diego quis ficar no Grêmio. Mas ao final do ano, sem recursos, o Grêmio não conseguiu mantê-lo no Olímpico. Apoiado pela Traffic, o Palmeiras tirou-o do Benfica, no início de 2008, pagando R$ 10 milhões.

– Tenho muita saudade. O Grêmio foi o clube que me projetou. Ficará para sempre guardado dentro de mim – diz Diego.

Do grupo atual, restaram poucos amigos. Um deles é Tcheco, com quem Diego costuma falar por telefone. Também preocupado, o capitão recomenda que não se dê espaços a ele.

A liderança do Brasileirão e o comando de Muricy Ramalho, por três anos seguidos campeão pelo São Paulo, não fazem do Palmeiras o favorito ao título, segundo Diego Souza. Há muitos outros candidatos, acredita. Entre eles, claro, o próprio Grêmio.