A torcida do Grêmio receberá um importante reforço no jogo desta quinta-feira contra o Cruzeiro, pelas semifinais da Copa Libertadores. O lendário centroavante Jardel, artilheiro e grande protagonista da conquista da América pelo Tricolor em 1995, estará em Porto Alegre para acompanhar a partida no Estádio Olímpico.

– Não recebi convite da direção. Vou por conta própria. Depois daquele gol do Souza, a esperança aumentou ainda mais. Não tenho dúvida de que é possível reverter o resultado. Acredito e vou torcer muito. Vou estar no estádio para passar minha energia para a equipe. No mínimo 2 a 0 – aposta Jardel.

O jogador, que mora em Fortaleza e negocia com alguns clubes para continuar fazendo gols, conhece muito bem a força da torcida gremista:

– A torcida do Grêmio é impressionante. Ela mexe com os brios dos jogadores. Eu sei porque senti isto quando joguei no Grêmio. Vai ser o 12º jogador e eu vou estar junto aí, se Deus quiser.

Depois de toda a confusão ocorrida após a partida no Mineirão, com o cruzeirense Elicarlos acusando o gremista Maxi López de racismo, a mobilização dos jogadores e também da torcida do Grêmio ficou ainda maior. Jardel entende que, se o clube gaúcho souber usar isto a seu favor, a situação dos mineiros na Libertadores é que vai se complicar:

– É aquele velho ditado: não mexe com quem tá quieto. Cutucaram o Grêmio. Agora ficamos com raiva – disse Jardel.

O centroavante só espera que o time do Grêmio não se desespere em busca dos gols que precisa para chegar às finais da Copa Libertadores. Jardel prega a cautela e acha fundamental o time marcar pelo menos um gol ainda na primeira etapa:

– Importante é o Grêmio fazer um gol logo no primeiro tempo. Mas tem que tomar cuidado para não tomar. O Paulo Autuori sabe melhor do que eu. Mas se eu fosse treinador, pregava a cautela. Tudo tem que ser bem pensado. Atacar com calma. Marcar o primeiro gol, dar uma seguradinha que o segundo sai naturalmente. Se demorar a sair, aí sim, vai com tudo para cima – encerra Jardel.