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 | 13/06/2009 07h10min

Mithyuê: confio muito no meu futebol

Jogador está em fase final de recuperação de uma cirurgia no joelho e volta em dois meses

Vinicius Rebello  |  vinicius.rebello@rbsonline.com.br

No final do mês de julho, no máximo no começo de agosto, Paulo Autuori poderá contar no elenco de profissionais do Grêmio com uma das maiores promessas do futsal brasileiro nos últimos anos. Na metade de 2008, Mithyuê resolveu trocar às quadras pelos campos. Depois de um começo maravilhoso, onde em menos de seis meses conquistou o título de Campeão Brasileiro Sub-20 e ainda foi eleito o craque da competição, o atleta foi alçado ao grupo de profissionais pelo então técnico Celso Roth. Participou da pré-temporada em Bento Gonçalves com o grupo mas, logo nos primeiros treinos no Estádio Olímpico, lesionou seriamente o joelho esquerdo e foi obrigado a parar.

Faltando cerca de dois meses para o retorno aos gramados, Mithyuê revelou que acredita que possa ajudar muito o Tricolor ainda nesta temporada:

– Eu confio no meu futebol e acredito que possa ajudar muito o Grêmio ainda neste Brasileirão. Quando resolvi trocar o futsal pelos campos sabia que eu tinha vindo para o Grêmio para ficar. Mesmo neste período de lesão, jamais pensei em voltar para o futsal – disse Mithyuê.

Depois do sucesso no Brasileiro Sub-20, Mithyuê renovou contrato com o clube até o final de 2012. O começo não foi fácil. Depois que grandes craques do futsal fracassaram no campo, o Grêmio exigiu que o atleta, indicado por um ex-treinador do clube, passasse por um período de experiências até ser contratado em definitivo:

– O Julinho Camargo gosta de assistir futsal. Ele falou que estava me acompanhando há bastante tempo, que gostava do meu futebol. O Julinho era amigo do Carpegianni e do Fabiano Carpeggiani, que é o meu representante. O Julinho conversou com eles para saber se eu tinha interesse. Eu gostei e acabei vindo – explicou o jogador.

Mithyuê revelou que sempre atuou como meia nos juniores, mas acha que não teria dificuldades como segundo atacante. Como estava há muito tempo trabalhando no Exterior, Paulo Autuori admite que nunca viu o jogador nas quadras. No entanto, confia que a qualidade de um atleta faz a diferença tanto no futsal como no campo:

– A qualidade é fundamental. Alguns jogadores de futsal se adaptam no campo e outros não. Mas o futebol também te proporciona dribles curtos. A principal dificuldade é a dinâmica de jogo, que é completamente diferente. O jogador de campo tem que trabalhar em um espaço maior – disse Autuori.

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