Aos poucos o técnico Paulo Autuori vai se familiarizando com a equipe do Grêmio. No clube desde a última segunda-feira, ele já avisou que pretende aprimorar o setor ofensivo. Ainda sem mostrar o futebol que jogou no ano passado pelo Palmeiras, que fez com que a diretoria gremista o contratasse, Alex Mineiro virou reserva. Autuori diz que percebeu que o jogador estava um pouco triste, mas já notou uma reação nos treinamentos. O treinador acredita que ele pode fazer uma boa dupla com Maxi López.

– Trabalhei com ele (Alex Mineiro) no Cruzeiro em 1997, e teve rendimento muito bom, fazendo gols. No Palmeiras, ano passado, também foi satisfatório. Isso foi o que interessou o Grêmio. Senti ele um pouco triste, mas pelo treino de hoje já deu mostras de que está reagindo e pode ser útil. É perfeitamente compatível a dupla Maxi e Alex, até pela diferença de característica. Alex gosta de se movimentar e Maxi pode jogar mais como pivô, ele é fortíssimo nisso. Temos que aproveitar mais isso dele – analisa.

Apesar de se mostrar satisfeito com o grupo do Grêmio, Autuori diz que sempre é preciso se reforçar. Para chegar à conquista da Copa Libertadores, principal objetivo gremista na temporada, o técnico fala em mais competitividade e poder ofensivo.

– Uma equipe necessita sempre agregar valor. Mas podemos lutar por chances reais se formos mais competitivos e agregarmos mais ao nosso jogo ofensivo – destaca.

No trabalho de conhecimento do grupo gremista, Autuori diz que o auxiliar Marcelo Rospide, que comandou a equipe como interino em algumas partidas, será peça fundamental. Além disso, o treinador já conhece alguns jogadores, o que também facilita.

– O Marcelo vai ser muito importante no nosso trabalho, não só no período inicial. Me facilita também conhecer alguns jogadores, o Souza, o Fábio Santos e o Alex Mineiro, mas não é muito fácil. O melhor é ser prudente e priorizar as necessidades – comenta.

Pela frente na competição continental, Autuori não vê nenhum time que tenha maior destaque. Nas quartas-de-final, o adversário do Grêmio é o Caracas, da Venezuela.

– Não vejo um que se destaque, o Grêmio está no páreo. Até porque decide jogos em casa. Aliás, a torcida do Grêmio pode vir a ser determinante nessa caminhada – diz ele.