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 | 21/05/2009 05h10min

A estrela do novo Inter brilha mais

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br



 Mauro Vieira















Três verdades restaram cristalinas da classificação emocionante do Inter de Taison e Nilmar (foto) às semifinais da Copa do Brasil, ontem à noite, diante de 47.738 colorados no Beira-Rio, o maior público do ano em Porto Alegre.

Verdade 1: Era mesmo um jogo traiçoeiro, repleto de armadilhas.

Conforme alertaram alguns, aliás. Entre eles, diga-se de passagem, este colunista. No seu melhor momento na partida, com 1 a 0 no placar e o controle das ações defensivas no segundo tempo (o Flamengo pressionava mas não criava situações claras para marcar), veio o empate. Não fosse a cobrança iluminada de Andrezinho, que eliminou o ex-clube com um chute seco e em curva, o Inter hoje estaria invicto há 20 jogos — e eliminado.

Verdade 2: O Inter tem grupo diferenciado.

Mesmo sem ter feito uma atuação de gala, passou pelo Flamengo. E o Flamengo, seja qual for o Flamengo, bom, ruim ou médio, não importa, será sempre o charmoso e grande Flamengo cantado em prosa, verso e música Brasil afora. Ontem, vale o registro, o Flamengo fez ótima partida. Tivesse sido o clube carioca o classificado, não haveria injustiça.

Mas sem Magrão, o Inter ganhou com Rosinei. Sem Bolívar, venceu com Danilo Silva. Repare: o técnico Tite aplicou 2 a 0 no Palmeiras, domingo, pelo Brasileirão, com seis reservas. Andrezinho, o salvador de ontem, é reserva. Assim como é reserva o volante Glaydson, que sofreu a falta providencial. Quanto a isso, portanto, não restam mais dúvidas. O grupo do Inter, se não é o melhor do Brasil, está perto disso. Talvez não tenha o melhor time do Brasil, isso só saberemos mais adiante, mas o grupo é mesmo cheio de alternativas.

Verdade 3: É incrível como o Inter das desgraças dos anos 80 e 90, quando tudo parecia convergir para o sofrimento, a partir da virada do milênio foi mudando até tornar-se exatamente o oposto.

Antes, quando tudo parecia perdido, perdido estava, de fato. Agora, o torcedor acredita até o último segundo. Foi assim no título da Sul-Americana, no ano passado, com o gol de Nilmar na prorrogação sobre o Estudiantes. Da mesma forma no Gre-Nal de Erechim, 2 a 1, outro gol de Nilmar. E ontem: aos 44 minutos, os colorados ainda cantavam como se esperassem o destino: gol no finzinho, mais um passo no caminho de outro título.

São as três verdades que restaram da classificação emocionante do Inter, que só tem o Coritiba pela frente antes de mais uma final, agora pela Copa do Brasil.


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