Desde o gol antológico do Pacaembu, muito se falou de Nilmar. Ou melhor: só se falou de Nilmar. As justas homenagens ultrapassaram fronteiras em todos os níveis. A imprensa no mundo todo, o Oasis, a atriz global Cristine Fernandes em seu blog. Pois a obra prima do camisa 9 do Inter obscureceu um aspecto da vitória sobre o Corinthians: a ausência do volante Sandro, que volta hoje contra o Flamengo, no Maracanã, na primeira partida das quartas de final da Copa do Brasil, fez cair a produção do meio-campo.

A melhora de rendimento do time do técnico Tite está diretamente relacionada ao ingresso de Sandro, 20 anos, no time. Ele ergueu a taça do Sul-Americano Sub-20, ganhou a sua chance no Beira-Rio e, a partir dela, o Inter começou a flanar. Até Sandro, as atuações eram claudicantes, irregulares, comuns. Depois de Sandro, tudo mudou. Seus companheiros de meio-campo cresceram com ele. D'Alessandro, então, nem se fala. Vale o mesmo para as outras peças do losango, os volantes-armadores Guinãzu e Magrão.

Como é exímio marcador e troca passes com naturalidade após a retomada da bola, Sandro reforça o meio-campo também na armação. Glaydson, não. Glaydson marca, mas some na hora da posse da bola. É como se o time ficasse com um jogador a menos nesta hora. Foi assim contra o Corinthians.

Por isso, o Inter deve festejar a volta de Sandro no Maracanã, recuperado das dores musculares que o incomodavam. Jorginho, auxiliar do técnico Dunga na Seleção Brasileira, assistirá ao jogo das tribunas de honra. O ex-lateral-direito tem a missão de ver Nilmar para a convocação do dia 21.

Mas não é de se duvidar que, na sua prancheta, Jorginho coloque alguns asteriscos e exclamações ao lado do nome de Sandro Ranieri Guimarães Cordeiro, um certo mineiro de Riachinho, quase 1m90cm (ele tem exatos 1m87cm) de passadas largadas, força na marcação e elegância no toque de bola. Ele é peça chave no Inter. E será jogador de Seleção.

(Foto: Fernando Gomes, 13/03/2009)


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