Engana-se quem imagina que o San Martín veio a Porto Alegre hoje apenas para passear nas ruas arborizadas do Moinhos de Vento, onde se hospedou, e cumprir um compromisso formal. Os peruanos desembarcaram no final da tarde de ontem em Porto Alegre dispostos a reverter o confronto e buscar uma vitória por três gols sobre o Grêmio no Olímpico, às 21h50min.

O San Martín veio de Lima em voo fretado da Força Aérea Peruana. Desembarcou às 18h depois de quatro horas e 20 minutos de viagem. Nem a ausência de três titulares por lesão abala a confiança.

– O jogo não está jogado. É complicado, mas vamos lutar até o final. Confio na experiência de minha equipe – avisou o técnico Victor Rivera ao descer do ônibus no Hotel Sheraton.

A chegada do San Martín, aliás, preocupava funcionários do hotel. Temiam que a entrada deles coincidisse com a saída dos ingleses do Oasis para o show.

Por sorte, houve um intervalo de 15 minutos entre peruanos e ingleses, e a paz reinou no saguão do hotel. A mesma paz que demonstrava o técnico do San Martín. Está convencido de que o resultado em Lima seria diferente se o zagueiro Guizasola não tivesse se lesionado ao trombar com Maxi López no segundo gol do Grêmio. Para Rivera, seu time jogava melhor. Além de Guizasola, ficam fora hoje o volante Fernández e o atacante argentino Ludueña. O outro argentino do time, Mauro Cejas, trazido para as oitavas, também desfalca o time.

Autor do gol peruano em Lima, o centroavante Arzuaga, de silueta levemente arredondada, também confia na virada. Ídolo do San Martín, Arzuaga passou despercebido na chegada.

– Como eles fizeram três gols fora, podemos fazer – simplificou Arzuaga.

Como a delegação só chegou no início da noite, o San Martín desistiu do treino no Olímpico. Rivera não vê problema com a chegada na véspera.

– Vir muito antes do jogo não é bom. Quanto mais perto do jogo, mais motivado fica o time. Além disso, sobra menos tempo para ver as meninas, que, aqui, são muito bonitas – brincou o técnico.