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 | 07/05/2009 11h30min

Zagueiro desaparecido volta e vai ganhar R$ 11 mil no Grêmio

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br














Ainda não se sabe os motivos que fizeram o zagueiro Mário Fernandes, 18 anos, reconsiderar sua decisão de abandonar o futebol. O certo é que até sexta-feira haverá novidades, para além de uma certeza: na semana que vem o jogador estará treinando no Olímpico. Mas voltemos ao que interessa. Por que Mário mudou de ideia? Arrisco duas razões.

A primeira razão é o salário. No Grêmio, ele ganhará R$ 11 mil. É um avanço e tanto na renda da família Fernandes. No São Caetano, onde o empresário Jorge Machado o descobriu, Mário ganhava só uma ajuda de custo no valor de R$ 500.

O segundo motivo para o retorno é a questão legal. Como tinha assinado contrato de cinco anos, o seu vínculo ficaria preso até 2014. O jovem zagueiro não poderia, por exemplo, recuperar-se do abalo emocional que o fez deixar Porto Alegre e tentar a sorte perto de casa, em algum time paulista.

Segundo Marisa, sua mãe, o filho nunca tinha viajado para longe sem os pais. A solidão na cidade grande e a saudade de casa contribuíram para a crise emocional. Mário, pai do jogador, alega também que o São Caetano os enganou. Ao deixar o futsal do Corinthians, o zagueiro teria assinado com o clube do ABC paulista julgando ser por empréstimo, quando na verdade era por cinco anos.

Quando o empresário Jorge Machado pagou R$ 1 milhão ao São Caetano, que nunca se manifestou sobr o episódio, não sabia dessa confusão toda. Se Mário não tivesse reconsiderado, teria perdido todo o investimento. A família é grata ao seu auxílio na recuperação do zagueiro de 1m84cm.

Contratado como um novo Lúcio, pelas suas arrancadas ao ataque, Mário sumiu do Olímpico no dia 13 de abril, uma sexta-feira. Só foi encontrado pela polícia gaúcha três dias depois em Jundiaí, interior paulista. Conforme relatos, estava sujo e com fome.

Acionada, a Delegacia de Homicídios e Desaparecidos, comandada pelo delegado Bolívar Llantada, investigou o desaparecimento e afastou qualquer envolvimento criminal. Por isso, Llantada tirou o time de campo, para usar um trocadilho do futebol. A fuga do zagueiro gremista, cujos familiares são evangélicos fervorosos, teve motivações meramente psicológicas.

(Foto: Wesley Santos, Press Digital, 11/04/2009)


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