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 | 06/04/2009 00h04min

Celso Roth não é mais técnico do Grêmio

Auxiliar técnico Marcelo Rospide comandará o time contra o Aurora, na terça

Atualizada às 09h05min

Celso Roth não é mais técnico do Grêmio. O treinador não resistiu à derrota por 2 a 1 no Gre-Nal do centenário, neste domingo — o sétimo sem vitória gremista, que resultou na eliminação do time do Gauchão 2009.

— Ele está fora. Chegou a hora de mudarmos — afirmou o presidente do Grêmio, Duda Kroeff.

Geninho, do Atlético-PR, é o nome mais cotado. Porém Duda não confirma:

— É um bom nome, mas está empregado.

O técnico reassumiu o Grêmio em fevereiro de 2008 e comandou a equipe em 78 jogos, com 45 vitórias, 17 empates e 16 derrotas. Em 2008, foi vice Brasileirão 2008, garantindo o time na Libertadores deste ano. Na partida contra o Aurora, na terça-feira, pela competição continental, a equipe será treinada pelo auxiliar técnico Marcelo Rospide.

Os altos e baixos de Roth no Grêmio

Celso Roth foi contratado para o lugar de Vágner Mancini. O treinador anterior tinha uma campanha invicta, mas não agradava aos dirigentes por ter um estilo muito calmo. Na estreia pela Copa do Brasil, o time venceu o Jaciara-MT com dificuldades, por 1 a 0, gol nos últimos minutos. Um dia depois, Mancini era demitido e Roth assumia o Tricolor pela terceira vez.

Em abril de 2008, Roth sofreu um duro golpe: a eliminação do Gauchão, com derrota em casa para o Juventude por 3 a 2. Mas ainda havia a Copa do Brasil. O Grêmio de Roth passou fácil pelo Jaciara no jogo de volta, mas, pela segunda fase, sofreu mais uma eliminação, agora para o inexpressivo Atlético-GO. Perdeu o jogo de ida por 2 a 1 em Goiânia e venceu o de volta pelo mesmo placar no Olímpico. Nos pênaltis, derrota por 4 a 3. Fiasco.

Após as eliminações, o Grêmio entrou em crise. No departamento de futebol, Paulo Pelaipe deu lugar a André Krieger. E Celso Roth se manteve, apesar das críticas e dos insistentes pedidos por sua saída, preparando o time para a disputa do Brasileirão.

E a estreia na competição foi animadora. A vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo em maio, no Morumbi, com gol do zagueiro Pereira. Depois disso, o Grêmio seguiu encantando sua torcida e o resto do Brasil. Chegou à liderança em julho, após aplicar uma goleada histórica de 7 a 1 no Figueirense em Santa Catarina.

O Grêmio ficou na liderança durante maior parte da competição. Celso Roth era festejado pela torcida e o Tricolor era visto como o mais forte candidato ao título nacional. Foi o vencedor do primeiro turno, encerrando a fase com uma goleada sobre o Atlético-MG por 4 a 0 em pleno Mineirão.

No segundo turno, o time sofreu alguns tropeços, como a derrota em casa para o Goiás, por 2 a 1, e a goleada sofrida no clássico Gre-Nal por 4 a 1 no Beira-Rio, quando perdeu a liderança da competição pela primeira vez. A recuperação veio em seguida, após vitórias sobre o Botafogo e Santos. No dia 2 de novembro o Tricolor abandonou de vez a ponta da tabela ao empatar em casa com o Figueirense, em 1 a 1. O São Paulo, que ocupava posições intermediárias ao longo do certame, reagiu e ficou com o título.

Com a campanha do vice-campeonato, a torcida deu uma trégua para Celso Roth. Tanto que Duda Kroeff venceu a eleição para a presidência do clube prometendo que manteria o técnico. Em 2009, o treinador deixava claro que a grande prioridade do Grêmio era a Copa Libertadores. A campanha não deixou a desejar, mas as atuações preocupavam. O time empatou sem gols com o Universidad-CHI no Olímpico e conquistou duas vitórias fora de casa: 1 a 0 sobre o Boyacá Chicó e 2 a 1 sobre o Aurora.

Mas a campanha no Gauchão era fraca. Ainda em fevereiro, o Grêmio enfrentava seu primeiro Gre-Nal do ano – e primeiro após a derrota por 4 a 1 de 2008. E o time de Celso Roth teve uma boa atuação no clássico de Erechim, mas foi derrotado porque perdeu muitas oportunidades e foi surpreendido pelo contra-ataque do Inter, levando 2 a 1. Terminou a primeira fase na liderança e reencontrou o Inter na final do primeiro turno. Desta vez, foi dominado pelo adversário e novamente derrotado por 2 a 1.

No segundo turno, a campanha foi ainda pior, e a rejeição ao técnico aumentou ainda mais. Ao rebater as críticas, Roth sempre deixava claro que o grande foco do Grêmio era a Copa Libertadores. Por isso, na última quinta, levou à Serra uma equipe reserva. A estratégia deu errado. O Grêmio foi goleado por 4 a 0 pelo Caxias, o que provocou a realização precipitada de um Gre-Nal logo nas quartas-de-final da Taça Fábio Koff.

Mesmo tendo de enfrentar o Aurora na próxima terça no Olímpico, a direção definiu que o Grêmio iria com força máxima para o clássico. O treinador mostrou descontentamento com a decisão, mas a acatou. Em campo, o Tricolor pressionou o Inter, mas acabou sofrendo nova derrota por 2 a 1. A torcida, que já estava insatisfeita, pedia com ainda mais insistência pela demissão de Celso Roth. Ironicamente, os colorados clamavam por sua permanência. Foi a gota d'água para a saída do técnico.

Confira a trajetória do técnico no Grêmio:

ZERO HORA E DIÁRIO GAÚCHO
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