O primeiro-ministro da Costa do Marfim, Guillaume Soro, se reúne nesta segunda com outras autoridades do país para investigar as causas do acidente que deixou pelo menos 22 mortos no Estádio Felix Houphouet-Boigny, em Abidjan, durante a partida de domingo entre Costa do Marfim e Malauí, pelo Grupo 5 das Eliminatórias Africanas para a Copa de 2010.

A imprensa do país informou que tudo começou quando um muro desabou e, em seguida, a Polícia utilizou gás lacrimogêneo para controlar a multidão.

Em outro encontro já realizado nesta segunda com correspondentes estrangeiros, o chefe do comitê organizador da Copa do Mundo de 2010, Danny Jordaan, garantiu que confusões do tipo não ocorrerão no Mundial ou na Copa das Confederações, em junho deste ano. De acordo com ele, todas as entradas serão vendidas antecipadamente e quem não tiver ingressos será detido longe dos estádios.

Uma comissão do Governo visitou diversos hospitais de Abidjan no domingo e na manhã desta segunda para falar com os feridos e oferecer ajuda oficial. Em declarações à imprensa local, o presidente da federação de futebol, Jacques Anouma, afirmou que o estádio, que tem capacidade para 45 mil espectadores e permissão para 35 mil, cumpriu as normas da Fifa. Segundo ele, não foram vendidas entradas a mais do que o autorizado.

– É preciso esperar os resultados das investigações do Ministério da Segurança para determinar as circunstâncias – completou o dirigente.

O suíço Joseph Blatter, presidente da Fifa, lamentou o fato. O organismo pediu às autoridades locais e à federação um relatório detalhado sobre os fatos, para que faça uma avaliação. Por sua vez, a Confederação Africana de Futebol (CAF) divulgou nota em seu site manifestando tristeza pela tragédia de Abidjan.

Em memória das vítimas, será realizado um minuto de silêncio nos próximos jogos realizados em estádios do continente.

Em campo, a Costa do Marfim venceu por 5 a 0, com direito a dois gols do atacante Didier Drogba, do Chelsea.