Atravessar o mundo e mudar de país, de idioma e de clima com apenas 18 anos pode ser uma tarefa difícil, mesmo que seja a realização de um sonho. Rafael Carioca, volante revelado pelo Grêmio, fez sua primeira partida pelo Spartak Moscou no último domingo. E a estreia agradou ao jogador, que atuou até a metade do segundo tempo do empate contra o Zenit, e neste sábado enfrenta o Kuban.

Direto de Moscou, por e-mail, ele fala sobre as dificuldades de adaptação que tem enfrentado. Além do frio, Rafael sentiu diferenças no futebol russo, "mais corrido e mais pegado" que o brasileiro. Ele conta que continua acompanhando o Grêmio de longe.

Confira a entrevista:

Zero Hora — Tudo bem, Rafael? Como foi a estréia pelo Spartak Moscou, seu primeiro jogo por um clube estrangeiro?

Rafael Carioca — Tudo. Foi uma estreia boa, para começo de temporada. Para início está bom, agora é só manter!

ZH — Você já está adaptado à vida na Rússia?

Rafael — Ainda não. É um pouco difícil, mas com o tempo tudo vai melhorando.

ZH — O frio é a maior dificuldade?

Rafael — Eu acho que sim...

ZH — Sentiu muitas diferenças no futebol russo?

Rafael — Sim. É mais corrido e mais pegado que no Brasil, onde é mais cadenciado.

ZH — Você tem treinado e jogado na mesma posição em que atuava pelo Grêmio?

Rafael — Sim.

ZH — Como está o seu novo companheiro Alex?

Rafael — Está bem, super tranquilo. Fez um ótimo jogo e com calma vai melhorar mais ainda.

ZH — Vocês, brasileiros do time, têm andado juntos por aí?

Rafael — Sim, procuramos sempre estar um perto do outro.

ZH — Você continuou acompanhando o futebol gaúcho e o Grêmio, ou é difícil fazer isso da Rússia?

Rafael — Claro que sim! Todos os dias procuro saber notícias do Grêmio e do futebol brasileiro.

ZH — Qual é o teu principal objetivo profissional agora? Seleção Brasileira?

Rafael — Eu acho que é fazer uma boa temporada. Ir para a Seleção agora é cedo. Tem muitos na minha frente ainda.