O centroavante argentino Herrera desembarcou à 1h15min desta sexta no Aeroporto Salgado Filho sem conseguir dizer se estará pronto para o Gre-Nal de Erechim, dia 8. O jogador, que foi recebido por cerca de 150 torcedores gremistas, terá que correr se quiser estrear no clássico.

— Estou muito contente por estar aqui — disse, antes de ser levado para dentro de um automóvel na frente do aeroporto.

Aos gritos de "Herrera, Herrera", os torcedores receberam o reforço como ídolo. O argentino foi o último a sair da aeronave e driblou um cordão de isolamento de seguranças para cair nos braços da torcida. Herrera foi carregado, houve confusão e uma porta de vidro de acesso ao aeroporto acabou quebrada.

Atacante precisa perder peso

Enquanto esperava pela definição do seu futuro, o atacante ganhou peso. Há três dias, o preparador físico do Gimnasia-LP, Mariano Lisanti, pesou 88 quilos no CT do Clube, o Estancia Chica. Segundo Lisanti, ele precisaria perder outros dois quilos para os padrões dos hermanos. No Corinthians, jogou com 81 — sete a menos do que há três dias.

Nos últimos 30 dias, acompanhou as tratativas da sua compra, curtiu férias em Florianópolis e participou da pré-temporada do Gimnasia-LP. Fez apenas trabalhos físicos. Lisanti calcula que o atacante tenha ganho, pelo menos, cinco quilos nas férias. Três deles sumiram em 15 dias de treinos. O Herrera que se apresenta hoje pela manhã para exames médicos no Estádio Olímpico também ficou mais forte.

— Herrera é um jogador forte. Creio que estará pronto para jogar em uma semana — garantiu Lisanti.

O preparador argentino entende ainda que Herrera carece de treinos com bola. Participou apenas de parte do jogo-treino contra o time amador do Cadetes, de Mar del Plata. Não disputa uma partida oficial desde 29 de novembro, pela Série B.

— Só me falta ritmo — disse Herrera ainda em Buenos Aires, na quinta.

Quando jogou no Grêmio, em 2006, pesava 77 quilos, com seu 1m81cm. No Corinthians, sob o comando de Flávio Trevisan, ganhou quatro quilos. Atualmente na Portuguesa, Trevisan explicou, por telefone:

— Precisávamos dele com mais força para trombar com zagueiros na Série B.