O atacante Marcos Denner trabalhou no campo suplementar do Centenário, nesta segunda, sem sentir as dores no joelho direito. Se fosse qualquer outro jogo, o jogador confirmaria presença sem hesitar. Mas, ao ser perguntado se teria condições para o clássico Ca-Ju, às 19h desta quarta no estádio grená, manteve a dúvida:

– Ele é quem vai dizer – respondeu, se referindo ao fisioterapeuta João Corrêa.

O profissional que comandou alguns exercícios na beira do campo. Foi ele quem organizou as panelinhas de plástico no gramado. Sobre elas, Denner se movimentou, pulou e correu. Aparentemente, não teve problemas. Na manhã desta terça, o atacante vai fazer tratamento na sala de fisioterapia do Centenário e, à tarde, antes do treino, faz aquecimento no gramado.

– Se ele não sentir dores, vai para o treino. Caso contrário, o Rene vai ter que encontrar outra opção – avaliou o médico Carlos Bergamaschi.

Se depender do goleador, vale todo e qualquer esforço para jogar:

– Não existe dorzinha para clássico. Em um jogo desses, temos que ir além dos nossos limites – destacou.

Além do mistério sobre a escalação de Marcos Denner, há outra dúvida no Centenário: quem será o capitão do time no Ca-Ju. O técnico Rene Weber testou quatro capitães diferentes neste início de temporada. Denner usou a braçadeira contra o Rui Barbosa, Leo Mineiro assumiu o posto contra o São José, Zacarias foi o escolhido diante do Veranópolis e Emerson teve a honra diante do Inter-SM.

– Quero que todos os jogadores se sintam importantes. Vejo todo mundo igual. Fiz esse rodízio porque ainda estou conhecendo o grupo. Ainda não escolhi o capitão para o Ca-Ju – explicou o treinador.

Segundo Rene, a ideia é que vários atletas se sintam à vontade para falar durante o jogo. Por enquanto, ele não sabe até quando vai levar o rodízio da braçadeira:

– Até eu encontrar um líder. Alguns jogadores já têm uma liderança natural. Mas não vejo essa questão como extraordinária, mesmo em se tratando de clássico.

Denner, o primeiro capitão do professor Rene, complementou:

– Em clássico, todos são capitães.