A direção do Grêmio não vai cobrar o técnico Celso Roth pelas declarações dadas à revista Placar. É o que garante o diretor executivo Rodrigo Caetano. O dirigente esteve reunido com o técnico Celso Roth na manhã desta sexta-feira para tratar do planejamento para a pré-temporada. A polêmica entrevista não foi abordada.

— Foi uma reunião de rotina para definir o nosso plano de trabalho para a pré-temporada. Não teve nada relacionado com essa entrevista para a revista Placar — garantiu o dirigente.

Em duas páginas de entrevista exclusiva à edição deste mês da revista, Celso Roth revelou ter ficado magoado com o presidente Paulo Odone e o diretor de futebol André Krieger. A entrevista foi concedida no dia 24 de outubro, ainda em meio ao Brasileirão.

A principal bronca do técnico se concentra nos dias que antecederam a estréia no Campeonato Brasileiro, contra o São Paulo, no Morumbi. Eliminado do Gauchão e da Copa do Brasil, ele seria demitido em caso de derrota. O Grêmio venceu por 1 a 0.

— Tinha 99,9% de chance de cair com uma derrota. Meu presidente se manifestou publicamente dizendo isso. Meu diretor também. Não deixaram para depois, se manifestaram antes de o jogo acontecer (...) Fui ridicularizado externa e internamente. Vou repetir, externa e internamente — declarou o técnico.

Ouvidos pelo jornal Zero Hora, tanto Odone quanto Krieger minimizaram a polêmica. O então presidente admitiu o ambiente descrito antes do jogo contra o São Paulo, mas disse que é coisa do passado. Krieger também reconheceu que esteve muito perto de demitir o treinador sob a justificativa de que "futebol vive de vitória".