A utilização de time reserva nos Gre–Nais pela Copa Sul-Americana, dias 13 e 28 de agosto, é admitida pela direção do Grêmio. Existe, entre a comissão técnica, a preocupação com o desgaste físico excessivo que os jogadores possam sofrer. Segundo Celso Roth, os jogadores disputam cada partida “no limite”.

– Temos 30 atletas aptos a jogar. Estou escolhendo 11. Vou definir os titulares do Gre-Nal só na outra semana – desconversou Roth.

O presidente Paulo Odone é outro que mostra desinteresse pela competição:

– Entre o Brasileirão e a Sul-Americana, fico com o Nacional, que ainda nos leva à Libertadores. A outra não tem recompensa – explicou.

Confirmando-se a utilização de um time misto, Roth deve dar chance para os reforços. Orteman ainda depende do visto de trabalho. Já Souza entrou contra o Vitória e foi elogiado. Pode atuar no meio ou no ataque.

– Prefiro ser meia. Estou na expectativa de jogar, mas o time está bem. Quem sabe o Gre-Nal seja uma boa chance – disse Souza.

Inter desconfia

Blefe. É assim que o Inter trata a possibilidade de o Grêmio jogar os Gre-Nais com time reserva. Dirigentes e jogadores não acreditam que o rival deixará de entrar com força máxima.

– Me engana que eu gosto! Chamar de time reserva significa poupar dois ou três? – insinuou o vice de futebol, Giovanni Luigi.

A direção garante que não começou a tratar do assunto Gre-Nal. Mas o presidente Vitorio Piffero admite que a idéia não é priorizar uma das competições. Alega que o clube tem "grupo forte".

Artilheiro do time no Brasileirão com nove gols, o atacante Nilmar rechaça a hipótese de ser preservado. A chance de encarar o "cafezinho" do Grêmio, entretanto, causa até mais temor:

– Acho pior. Sempre quem entra tem mais vontade porque quer ganhar o seu espaço – observou.

Para o volante Wellington Monteiro, titular da lateral direita, o brilho do maior duelo gaúcho diminui se não tiver os principais jogadores:

– Quem perde é o torcedor que paga ingresso para ver seus ídolos. Nós aqui vamos com força total – salientou.