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 | 22/04/2008 20h19min

Polícia de Jacarta detém oito manifestantes durante passagem da tocha

Maior parte fazia parte de um grupo que protestava com bandeiras do Tibete

Um holandês e sete indonésios foram detidos nesta terça-feira após realizarem uma manifestação antes da passagem da tocha olímpica pela capital da Indonésia. Os agentes de segurança prenderam as oito pessoas nas imediações do estádio no qual seria feito o percurso da tocha.

A maior parte dos detidos fazia parte de um grupo de cerca de cem manifestantes que desde a madrugada de hoje protestavam com bandeiras do Tibete e cartazes que acusavam Pequim de violar os direitos humanos.



Um dos detidos foi o estudante holandês Stef Bolte. Ele disse à Agência Efe que está na cidade para um "ato de solidariedade" com o Tibete e como "parte de seu trabalho", pois pretendia "estudar" o protesto.

— Houve um pequeno alvoroço e eu me separei do resto dos meus companheiros. Logo depois, três policiais à paisana se aproximaram de mim e me detiveram — relatou o europeu, que vestia uma camiseta com as palavras "Tibete livre".

Bolte disse que não sabe o que pode gerar o processo aberto contra ele e opinou que "a expulsão do país é uma das opções", já que, após sua detenção, ele foi levado para a Imigração.



Diante do forte aparato policial, um protesto de estudantes universitários programado para acontecer diante do complexo esportivo acabou não acontecendo.

Cerca de 5,5 mil policiais e militares, usando equipamento antidistúrbio e apoiados por dezenas de veículos de transporte e alguns canhões de água, fizeram a segurança do local.

A tocha iniciou seu percurso no interior do estádio de Bung Karno por volta das 4h (horário de Brasília), uma hora antes do anunciado, com a presença de cerca de cinco mil pessoas. Os organizadores admitiram que a decisão de limitar o número de espectadores no estádio, que tem capacidade para 88 mil pessoas, foi tomada após consultas com a diplomacia chinesa.

A tocha olímpica, inicialmente faria um percurso de 15 quilômetros por Jacarta, saindo da prefeitura e passando pelo bairro chinês antes de terminar na praça do Monumento Nacional, no coração da metrópole. No entanto, os incidentes registrados em Paris, Londres e San Francisco fizeram com que os organizadores alterassem a rota.

A chama olímpica chegou ao estádio em um ônibus escoltado. No total, 80 pessoas, entre as quais se encontram importantes nomes locais do esporte, ministros e celebridades, participaram do revezamento.

A chama olímpica chegou ontem à noite em Jacarta procedente de Kuala Lumpur e ainda hoje irá para Canberra, na Austrália. Em 31 de março, cerca de 200 pessoas, em sua maioria monges budistas e ativistas, fizeram uma manifestação em frente à Embaixada da China em Jacarta em protesto contra a repressão chinesa no Tibete.

EFE
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