A polêmica envolvendo o atacante Dodô parece estar longe do fim. De acordo com o repórter da CBN/Diário, Sérgio Guimarães, a Fifa comunicou à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que quer analisar a toda a documentação do caso de doping envolvendo o jogador.

Independente do caso já ter sido resolvido pela Justiça Desportiva brasileira, a entidade máxima do futebol que se certificar do que não houve nenhum tipo de irregularidade no julgamento do atacante.

O secretario geral da CBF, Marco Antônio Teixeira, recebeu o ofício da Fifa e encaminhou à secretária do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que o órgão encaminhe à FIFA cópias de todos os documentos do primeiro julgamento – no dia 24 do mês passado, que puniu Dodô por 5 votos a 0 a 120 dias de suspensão – e cópias dos segundo julgamento – o recurso no Pleno do STJD, em que o jogador foi absolvido por 5 a 3, no último dia 2. Segundo a reportagem da CBN/Diário, o segundo julgamento contou com votos de auditores do Botafogo.

Além da Fifa, o Ministério dos Esportes, por meio do ministro Orlando Silva, também quer analisar julgamento do jogador e solicitou ao STJD cópias de todo o processo de Dodô.

A reviravolta do caso conta ainda com o diretor jurídico do Vasco, Paulo Reis. Ele confirmou que o time cruzmaltino está enviando à Fifa um pedido de contestação do resultado do julgamento. O Vasco pede que o Botafogo seja punido com a perda dos pontos na partida em que o Dodô jogou e que foi comprovado o doping. No jogo em questão, o Vasco foi goleado pelo Fogão por 4 a 0, dia 14 de junho. O doping foi confirmado na contraprova, liberada dia 9 de julho, que provocou a suspensão preventiva do atacante por 30 dias. O Vasco ainda quer que o Fogão perca os pontos conquistados em jogos contra os outros times nos quais Dodô atuou.

De acordo com Paulo Reis, o Botafogo deveria ter sido punido pois não tomou providências e, por meio do seu departamento médico, autorizou que Dodô ingerisse o suplemento alimentar que continha a substância proibida (femproporex).

Carlos Portinho, advogado do Botafogo que defendeu Dodô no caso do doping, não foi localizado pela reportagem da CBN/Diário para comentar o assunto.