Arquitetura e decoração | 17/03/2014 11h13min
A reforma ficou prontinha, os móveis estão dispostos em seus devidos lugares e as paredes já estão coloridas com as tonalidades escolhidas durante o projeto. Chegou a hora dos toques finais, como a escolha e a organização dos quadros. Como posicioná-los de um jeito bonito e harmônico? A arquiteta Tania Bertolucci dá algumas dicas.
Estão muito modernos os arranjos compostos com quadros de diferentes pinturas e ilustrações, além de molduras variadas. Antes de pendurá-los, contudo, são necessários alguns cuidados. Segundo Tania, o arranjo precisa ser proporcional ao espaço livre da parede. “Se formos colocar acima do sofá, por exemplo, é necessário saber a posição correta dele, assim como a altura de encostos e forros, luminárias etc”, explica a arquiteta.
Ao olhar a parede onde serão dispostos os quadros, a profissional utiliza como referência uma linha central, que fica, em média, a uma distância de 1,70 metros do chão. “Aquela que destaca o meu interesse visual e deve estar na altura dos olhos”, diz. Já a linha entre os quadros depende do estilo da composição. “Numa mistura mais moderna, podemos ousar com colocações mais assimétricas, sempre cuidando do eixo central e da dimensão livre da parede”, sugere. Além disso, a arquiteta sempre faz testes, em croquis de distribuição, levando em conta os elementos fixos da decoração, antes da fixação definitiva.
Veja alguns arranjos sugeridos por Tania:
Organizados de maneira simétrica:
Simetria no eixo central vertical:
Assimetria a partir do eixo central vertical:
Assimetria a partir dos eixos centrais vertical e horizontal:
Outras dicas da arquiteta:
- Misturar telas, fotos e pequenas esculturas de parede pode deixar os arranjos menos monótonos e você garante um relevo na composição;
- Dispor fotos em diferentes tamanhos e formatos de enquadramento pode ser uma ideia interessante para uma pequena prateleira logo acima do encosto do sofá. “Nesse caso, é importante cuidar para afastar o sofá da parede, evitando que a cabeça do usuário encoste na prateleira”, alerta a profissional;
- “Para uma composição agradável, aconselho que as molduras sejam mais limpas, retilíneas, deixando que o conjunto apareça mais que uma peça individual”, destaca;
- Quando propõe arranjos, Tania dá preferência para o uso de peças em tamanho médio. Um quadro maior, por exemplo, pode ser o destaque da composição. “Quadros muito pequenos poluem o conjunto e reduzem seu potencial de impacto”, informa;
- “Em combinações mais clássicas, a dica é a simetria. Trace um eixo central e distribua os quadros de acordo com ele. Com distâncias iguais entre si”, ensina Tania. “Alinhar a composição pela base é uma referência mais conservadora”, complementa;
- Quanto ao paspatur – é o que fica entre a pintura ou fotografia e a moldura e pode ser de madeira ou papel –, quando escolhido na cor branca, serve para “ventilar” o desenho. “É fundamental para criar movimento ao conjunto”, diz Tania.
Exemplo de composição na Mostra Casa&Cia 2007
Exemplo de moldura assimétrica
Nessa composição, a arquteta Tania Bertolucci usou dois quadros na vertical, da mesma artista, Suzy Etchepare, formando um díptico e se apropriando da dimensão vertical da parede