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Conteúdo: cinzasnors  | 18/10/2011 07h59min

Uruguai e Argentina preveem mais problemas no espaço aéreo por causa de cinzas de vulcão

Companhias aéreas estimam que a situação dos voos só deverá ser plenamente normalizada na Argentina a partir de quinta-feira

As cinzas do vulcão chileno Puyehue, que entrou em erupção em junho deste ano, continuam sendo uma ameaça de novos transtornos no setor de transporte aéreo no sul do continente. Segundo especialistas, não se pode prever quando a emissão de cinzas chegará ao fim.

— Tanto a erupção como a coluna de fumaça continuarão por meses e não há um tempo determinado para que acabem — afirma o vulcanólogo Manuel Schilling, do Serviço Nacional de Geologia e Minas do Chile.

O chamado "efeito primavera" agrava o problema na Argentina, cobrindo a região metropolitana de Buenos Aires de cinzas cada vez que o vento sopra forte na Patagônia, destaca o site do jornal Clarín.

O site do jornal El País, do Uruguai, também alerta para a previsão de especialistas, de que as cinzas continuarão afetando o tráfego aéreo nos próximos meses.

Após uma repentina volta das cinzas no final de semana, que provocou o cancelamento de centenas de voos, as viagens começaram a ser retomadas lentamente ontem, mas as companhias aéreas estimam que a plena normalização dos voos na Argentina só deve ocorrer na quinta-feira (20).

Os passageiros que utilizam o Aeroporto Internacional de Ezeiza (em Buenos Aires), o maior da Argentina, são informados sobre essa possibilidade. Os aeroportos de Córdoba, Mendoza e San Luis ainda estavam sem atividades até o começo da manhã desta terça-feira. No aeroporto Salgado Filho, nesta terça-feira, o único reflexo até as 8h era o cancelamento de um voo (o Gol 7465) que viria de Córdoba e seguiria para o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

No sábado (15), o surgimento da nuvem de cinzas do vulcão começou a afetar as atividades aéreas na Argentina, depois no Brasil e no Uruguai. No caso dos aeroportos argentinos, houve o cancelamento de pelo menos 146 voos. Na região da Patagônia, até a visibilidade nas estradas foi afetada por causa das cinzas do vulcão.

Segundo informações do Serviço Meteorológico Nacional da Argentina e do Instituto Oceânico e Atmosférico americano (NOAA, na sigla em inglês) ainda havia persistência das cinzas sobre o oceano e no norte do Rio Grande do Sul na manhã desta terça-feira. A partir do fim do dia a nuvem deve chegar ao norte do Paraná.

Segundo o meteorologista Celso Oliveira, da Somar, as cinzas não devem ser percebidas hoje nos estados da Região Sul, diferente do que aconteceu ontem quando a pluma deixou a paisagem cinzenta em Porto Alegre e em outros municípios gaúchos.

— Vale salientar que as cinzas estão a 2,5 mil metros de altura e com baixa concentração, não devendo atrapalhar as atividades aéreas nos três estados — diz Celso.


>>> Entenda o perigo das cinzas para os aviões:




>>> Conheça o vulcão chileno Puyehue:

ZERO HORA, COM INFORMAÇÕES DA AFP E DA AGÊNCIA BRASIL
 

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