As cinzas do vulcão chileno que se mantêm sobre o Brasil desde a Argentina estão demorando a se dissipar devido à baixa velocidade de movimentação. A ocorrência surpreende a meteorologia, que previa um tempo menor de afastamento. No entanto, segundo Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, a manutenção da nuvem sobre o Estado não deve provocar transtornos.

— As cinzas estão se movimentando de Buenos Aires até Florianópolis, mais pela costa marítima. Mas o transporte ocorre em uma velocidade de 9 km/h, um índice que causa surpresa, por ser muito baixo — afirma Oliveira, lembrando que os voos no país não devem ser afetados nesta quarta porque a pluma está a uma distância de 800 metros de altura.

>> Acompanhe a situação do seu voo

Com o passar das horas nesta quarta, Celso acredita que as cinzas ou atingirão a superfície, sem prejudicar a população devido à sua baixa concentração, ou se afastarão para o oceano. O céu de Porto Alegre também pode apresentar diferente coloração ao amanhecer.

— O sol em Porto Alegre pode aparecer mais avermelhado no início da manhã. Porém, é importante ressaltar que, independente da condição, a nuvem não traz prejuízos ao Estado — explica.

Apesar de descartados no Brasil, o sul da Argentina pode voltar a registrar transtornos, pois, conforme Celso Oliveira, os resquícios mais prejudiciais da pluma se direcionam novamente para a região da Patagônia.

>> Saiba a situação de cada companhia e como entrar em contato

As empresas TAM e Gol confirmaram, na terça-feira, que irão retomar seus voos para Uruguai e Argentina, enquanto a Aerolíneas Argentinas e Austral anunciaram que a partir das 11h começarão a normalizar partidas e chegadas nos aeroportos de Ezeiza e Aeroparque, na capital argentina.

Até as 5h30min desta quarta, o aeroporto Salgado Filho não registrava cancelamentos, de acordo com a Infraero.

>> Entenda o perigo das cinzas para os aviões:

>> Conheça o vulcão chileno Puyehue: