Conteúdo: cinzasnors | 14/06/2011 17h37min
A nuvem de cinzas que atingiu o Estado nesta segunda-feira e permanece no espaço aéreo gaúcho nesta terça-feira causa um número bem mais baixo de transtornos do que a nuvem que fez com que centenas de voos fossem cancelados na quinta e sexta-feira passadas. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), três são os principais motivos que fizeram com que esta nuvem não tenha prejudicado tantos voos como a da semana passada.
Um deles é a altitude. De acordo com a FAB, a nuvem da semana passada estava a uma altura de cerca de oito quilômetros, enquanto a desta semana está a cerca de um quilômetro do solo. As aeronaves costumam voar a cerca de 11 quilômetros de altitude.
Assim, na semana passada, a nuvem estava muito mais próxima das aeronaves e era inevitável passar por ela ou alcançá-la em diversos momentos do voo. Como a nuvem desta semana está mais baixa, é mais fácil voar sobre ela, evitando o contato com as cinzas.
Outro fator é a densidade. A FAB também explica que a nuvem registrada esta semana é muito menos densa que a anterior, ou seja, tem uma concentração menor de cinzas e se dissipa com maior facilidade.
A terceira razão está ligada à logística das empresas aéreas: a FAB passa orientações às companhias, analisando a localização das cinzas e sua densidade. Porém, cabe a cada empresa decidir se voará ou não. Além de levar em conta na hora de decidir se um voo será ou não cancelado, a empresa aérea considera também o total de aeronaves disponíveis.
Geralmente, as empresas tomam o cuidado de não mandar uma aeronave para um aeroporto do qual ela não conseguirá sair momentos depois. Uma aeronave ociosa no pátio de um aeroporto poderia representar ainda mais atrasos para outros destinos.
As companhias aéreas também consideram o gasto de combustível necessário para cada trajeto e podem, por exemplo, decidir voar a uma altura superior ou inferior à convencional para escapar da nuvem, mas isso pode significar um gasto maior de combustível.
Satélite
A imagem de satélite que mede a presença de cinzas vulcânicas (em tons de vermelho) e de dióxido de enxofre (em tons de amarelo/verde) registrada hoje às 14h, mostra a presença dessas substâncias desde a região da Campanha, passando pelo Centro/Leste do Estado até as praias do Litoral Norte (veja na imagem acima).
Saiba a situação de cada companhia e como entrar em contato
>> Entenda o perigo das cinzas para os aviões:
Imagem de satélite das 14h mostra a concentração de cinzas e dióxido de enxofre no RS
Foto:
MeteoSAT
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