| 14/06/2011 13h07min
Atualizada às 13h46min
O clima voltou a ficar tenso no Beira-Rio. Um Falcão mais irritado do que o comum concedeu entrevista coletiva na manhã desta terça-feira. Após um treino que encerrou às 11h20min, o treinador, sem motivo aparente, apareceu na sala de imprensa somente uma hora e 12 minutos depois. Geralmente, leva 15 minutos. Cumprimentou os repórteres, mas não demorou a demonstrar seu descontentamento com a imprensa.
— Convivi com muitos profissionais e muitos me decepcionaram pela postura, falta de seriedade, pelos interesses e pelo desconhecimento, para não falar em mau-caratismo. Temos um vestiário extremamente competente, um grupo de jogadores preocupados com a vitória. Estou muito feliz com o trabalho que eles estão fazendo. O único resultado que fugiu completamente foi a derrota contra o Ceará — discursou o treinador.
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Falcão levantou a voz quando foi perguntado sobre Oscar e D’Alessandro. Ao responder a pergunta se os dois jogadores, referências técnicas do time, estão atuando afastados em demasia, o treinador respondeu:
— Se Oscar e D’Alessandro atuassem lado a lado, diriam que atuaram perto, o que facilita a marcação. Comentarista de resultado é uma barbada. Não dá pra responder esse tipo de coisa — comentou, levantando a voz. — Eles jogaram rigorosamente da maneira como foi contra o América-MG. Quando a bola está com o Oscar, o D’Alessandro fecha para marcar o adversário. Quem é que vai marcar o lateral que passa, se os dois meias estão por dentro? Isso é irritante. Todo mundo comenta futebol, mas poucos entendem.
Ainda no início do treino, o vice de futebol Roberto Siegmann já havia se mostrado bastante irritado com notícias de bastidores que têm sido ventiladas pela imprensa. O dirigente reuniu jornalistas para deixar claro que a permanência de Falcão não está vinculada ao resultado diante do Coritiba, domingo, pela quinta rodada do Brasileirão. Disse que o grupo todo estava fechado com o treinador.
Falcão falou sobre as declarações de Siegmann. Para o treinador, o objetivo é manter o grupo tranquilo. Não deseja que os atletas percam “naturalidade” em campo ou que sintam que o cargo do técnico esteja em risco.
— Meu objetivo é sempre trabalhar com segurança. Se não, há repercussão no vestiário. Esses jogadores estão se empenhando de uma maneira pouco vista antes. Minha preocupação é que eles possam estar preservados e não viver na dúvida “se perde, sai, se ganha, fica”. É o grande desafio. Não quero que eles percam a naturalidade. Vamos atuar com o Coritiba domingo, um time muito bem treinado, veloz. Não quero jogar a responsabilidade para os jogadores — afirmou.
Falcão deixou o Beira-Rio às 13h10min. Ainda recebeu o cumprimento de crianças ao entrar no veículo. Saiu do estádio fazendo levantar poeira na terra do pátio do estádio.
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