| 01/05/2011 19h11min
Em vez de comemorações, polêmicas. A invasão de campo dos dirigentes de Inter (Roberto Siegmann, Cuca Lima e Newton Drumond), Grêmio (Antônio Vicente Martins) e o presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto no gramado (o que é proibido pelo regulamento do Campeonato Gaúcho) marcou o final da decisão da Taça Farroupilha - segundo turno do Gauchão - com brigas e xingamentos contra o árbitro Márcio Chagas da Silva ao término da partida, que culminou com o título do Inter.
O vice de futebol colorado, Roberto Siegmann era o mais exaltado. Após definida a vitória - 4 a 2 nos pênaltis após o 1 a 1 no tempo normal -, o dirigente vociferou contra a arbitragem:
– (O Márcio) É mal-intencionado. Veio aqui para arrumar o resultado. Ele precisa ser banido da arbitragem. O primeiro cartão do Guiñazu não era para ser dado.
Outro motivo da irritação vermelha ocorreu pela escolha do lado das penalidades. O Inter queria bater as cobranças na goleira à frente da Popular. Entretanto, Márcio Chagas designou que os pênaltis ocorressem na goleira do Gigantinho, em que se encontravam os gremistas:
– A regra manda bater do lado de cá (onde estava a torcida Popular).
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Segundo relatos dos repórteres que estavam em campo, Siegmann teria tentado empurrar Francisco Noveletto. O presidente da FGF fez duras críticas à conduta do vice de futebol colorado:
– Se tenho cabeça quente como ele, acabo brigando. A grandeza do Inter merece a cabeça fria de um dirigente. É uma opção do árbitro. Infelizmente, conhecemos o Siegmann. Ele tinha se regenerado, mas hoje... não posso dizer o que me falou. A rádio sairia do ar. Espero que ele me peça desculpas.
Siegmann retrucou o presidente Noveletto. Afirmou que não se excedeu. Inclusive, acusou o árbitro de ser gremista:
– Não me excedi. Esse erro do Márcio Chagas poderia ter nos custado o título. Foi uma desfeita o que ele fez com o Inter. Ainda bem que nossos jogadores têm muito mais qualidade. Acredito em má intenção. O pai do Márcio Chagas, o Buda, foi diretor de futebol do salão do Grêmio. Desde a juventude, foi criado dentro do Grêmio. Vamos falar em parcialidade para apitar. Será que ninguém mais viu? Só eu vi isso – indagou, irritadíssimo.
Bolívar foi outro a reclamar do local das cobranças. O capitão colorado declarou que, como o time era mandante, merecia bater nas goleiras em que estava a Popular:
– Não teve sorteio. O Márcio falou que precisaria ter 50% de cada torcida atrás de cada gol. Ele disse que no primeiro turno foi assim. Éramos merecedores pela nossa torcida. Eles tinham a maioria atrás daquele gol.
Principal envolvido na confusão, Márcio Chagas afirmou que cumpriu uma recomendação da CBF e da FGF em conjunto com o policiamento:
– Segundo a recomendação da CBF e da FGF, devem ocorrer (as cobranças) onde estão as duas torcidas. Foi decidido junto com o policiamento do jogo.
Questionado se relataria na súmula a invasão dos dirigentes, o árbitro declarou que não viu o incidente e conversaria com os outros assistentes sobre o ocorrido para definir qual atitude seria tomada.
CLICESPORTES
Segundo relatos dos repórteres que estavam em campo, Siegmann teria tentado empurrar Francisco Noveletto
Foto:
Diego Vara
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