| 28/04/2011 20h52min
Durante 84 dias, Carlos Alberto foi jogador do Grêmio. O curto período em que o atleta esteve no Estádio Olímpico foi marcado por polêmicas, crises nervosas, muito papo em redes sociais e pouco futebol. Foram 12 jogos e apenas um gol.
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Contratado no dia 4 de fevereiro, Carlos Alberto desembarcou no Aeroporto Salgado Filho com a fama de jogador-problema. No Vasco, foi dispensado após brigar com Roberto Dinamite, maior ídolo e presidente do clube carioca. A possibilidade de um grande acréscimo técnico na equipe fez com que dirigentes do Grêmio, que inicialmente não concordavam com a contratação do jogador, se rendessem aos pedidos de Renato.
— Ele teve esse probleminha no Vasco. Mas hoje mesmo eu falei com ele e disse que está chegando para ajudar, e que vai se entregar ao máximo. É com esse pensamento que a gente espera o jogador — disse Renato no dia em que o Grêmio anunciou a contratação de Carlos Alberto.
Em um primeiro momento, o presidente Paulo Odone também se mostrou entusiasmado:
— (Carlos Alberto) me disse que veio para ficar, que não quer ir para a Europa ou jogar em outro lugar. O homem está comprometido mesmo. E é o que a gente quer. Tenho certeza que no Grêmio ele vai jogar — disse o mandatário do clube.
Mas a confiança de Odone em Carlos Alberto foi diminuindo a cada dia. No Grêmio, ele nunca chegou a se firmar no time titular e tampouco caiu nas graças da torcida, sempre desconfiada de sua capacidade. Desde que chegou a Porto Alegre, foi notícia muito mais fora das quatro linhas do que dentro de campo.
Atraso na volta do Carnaval
Depois da folga para que os jogadores pudessem aproveitar o Carnaval, no começo de março, Carlos Alberto se reapresentou com atraso. De acordo com a direção, a justificativa para a demora em retornar foi razoável e não seria passível de punição mais grave, apenas o pagamento de uma multa.
Expulsão contra o Cruzeiro
Dias depois, Carlos Alberto usou a braçadeira de capitão do time do Grêmio na partida diante do Cruzeiro-POA. Na derrota de 2 a 0, em pleno Estádio Olímpico, o jogador foi expulso e se envolveu em uma confusão com o árbitro Márcio Coruja. O caso foi parar no Tribunal de Justiça Desportiva, e o jogador gremista, que acusava o juiz de desrespeito, acabou absolvido.
Pelo Twitter, discussão com Leandro Damião
No dia seguinte, lá estava Carlos Alberto envolvido em uma nova polêmica. Desta vez com um jogador do Inter. Ao marcar um gol contra o Caxias, o centroavante Leandro Damião ironizou os acréscimos concedidos pelo árbitro Márcio Chagas na final da Taça Farroupilha. Pela rede social, Carlos Alberto disse estar indignado com a "brincadeira" do colorado e respondeu forte. Para Antônio Vicente Martins, o gremista "passou um pouco do tom".
Viagens também eram problema
Nas viagens, Carlos Alberto seguidamente também criava confusões. Muitas vezes se negava a apertar o cinto de segurança durante os voos e exigia um melhor atendimento das aeromoças. Na maioria das vezes, sem razão.
Imitação de Kidiaba
Contra o León de Huánuco, Carlos Alberto viveu seu melhor momento no Grêmio. Depois de marcar o único gol em sua breve trajetória como "imortal" — como ele mesmo gostava de se definir no Twitter — comemorou imitando o goleiro Kidiaba, que ficou famoso no Rio Grande do Sul após a vitória do Mazembe sobre o Inter, no Mundial de Clubes. Com o gesto, ganhou a simpatia de parte da torcida.
Uma semana no Rio de Janeiro
No começo de abril, alegando que o jogador teria que ir ao Rio de Janeiro resolver problemas particulares, a diretoria do Grêmio dispensou Carlos Alberto por uma semana. Na volta, discutiu o jornalista de Zero Hora, Luis Henrique Benfica, acusando-o de plantar informações sem fundamento sobre seu comportamento.
Desequilíbrio emocional
Na partida contra o Cruzeiro-POA, disputada no Estádio Passo D'Areia, o jogador entrou no segundo tempo "comendo grama", como se diz na gíria dos boleiros. Discutiu com o árbitro, deu carrinhos sem sentido, cometeu faltas violentas, até que foi repreendido por Renato, que o mandou "calar a boca e jogar".
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