Diogo Olivier  |  diogo.olivier@zerohora.com.br

Nas últimas semanas, comentei dois jogos do Inter pela RBS TV. Aquele empate em 3 a 3 contra o Caxias, no Centenário, e ontem, o 1 a 0 sobre o São José. Também fui à Bolívia, como enviado de ZH, e assisti ao vivo à goleada sobre o Jorge Wilstermann, na altitude de 2,6 mil metros de Cochabamba.

Nas três vezes, houve um nome superior que flanou acima de questões táticas, embora ele cumpra funções táticas com disciplina surpreendente para um jovem de 19 anos: Oscar.

A cada lance, a cada passe, a cada solução diferente para uma jogada, olhares de espanto nas cabines ou, no caso da Libertadores, de colegas jornalistas do altiplano querendo saber quem era aquele magrelo de personalidade (ontem pediu até para cobrar faltas, e cobrou) tão destemido, incapaz de se apavorar quando o zagueiro vem ameaçando passar o rodo.

Não há mais dúvida, ainda que Gauchão seja pouco e a Libertadores esteja na primeira fase. Oscar é de outra turma.

O Inter tem uma chance ímpar e histórica diante de si: decretar a titularidade absoluta e irrevogável de Oscar e D`Alessandro. Juntos, ele podem fazer do Inter um firme candidato ao tri da Libertadores. Quantos clubes na América conseguem ter dois armadores, um destro e outro canhoto, acima da média?

Encerrada a polêmica da reforma no Beira-Rio, que agora virá da parceria com uma construtora, em vez da ideia fantasiosa de bancar tudo com dinheiro próprio, esta deve ser a questão de ordem nas imediações da Padre Cacique.

D`Ale e Oscar, juntos.

Uma, duas, três, quatro vezes, até eles afinarem os acordes da orquestra. O presidente Giovanni Luigi precisa ficar atento. Quem manifestar oposição deve ser chamado para uma conversa, advertido ou até punido.

O Inter tem uma chance rara para encaminhar o ano. Resta saber se irá agarrá-la ou será derrotado pelo império da mediocridade.

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