| 08/03/2011 10h58min
Inspirados no passado, quando o Caxias trouxe de Porto Alegre os títulos do primeiro turno dos Gauchões de 1987 e 2000 justamente em cima do Grêmio, os jogadores do atual time grená não temem a pressão de um provável Estádio Olímpico lotado, nesta quarta-feira, às 21h50min, na decisão da Taça Piratini. A estratégia para repetir a façanha de outras épocas está na ponta da língua.
— A gente precisa segurar o Grêmio nos primeiros 15 minutos — diz o volante Marcos Rogério, que volta à equipe depois de cumprir suspensão automática contra o São José-PA, na semifinal.
Rogério, que já atuou na base do Grêmio e também em algumas partidas do profissional em 2006, conhece de perto a força da torcida gremista no Olímpico, principalmente da Geral:
— Assustar o adversário não assusta, mas com certeza ela faz a diferença para o próprio Grêmio. Motiva os jogadores, faz eles correrem mais e até a dar carrinhos que normalmente não dariam.
O que faz a Geral do Grêmio ser especial é a postura durante todo o jogo, a exemplo de algumas torcidas organizadas da Argentina. Os cantos não param um minuto, as vaias são praticamente proibidas e a avalanche nos gols é um espetáculo à parte. Apesar disso, o que passa para o campo é o mesmo que ocorre no Centenário, como explica Alisson, outro formado na base gremista.
— A torcida deles motiva o time, mas é igual à gente aqui. Olha quanto tempo a gente não perde no Centenário pelo Gauchão — lembra o lateral-direito.
Realmente, faz um tempinho. A última derrota em campeonatos gaúchos no Centenário foi em 12 de fevereiro de 2009, 1 a 0 para o Avenida, na segunda partida do técnico Argel Fucks no comando do Caxias. O Grêmio perdeu no ano passado para Pelotas e Inter no Gauchão, mas mantém uma longa série invicta em casa em campeonatos como Brasileirão e Libertadores.
Para André Sangalli, outro que já vestiu a camisa gremista, o som do Olímpico pode ser favorável conforme o andamento do jogo.
— Se a gente conseguir segurar o Grêmio nos primeiros minutos, a pressão da torcida vira ao nosso favor. Para isso, precisamos entrar concentrados para marcar bem a bola aérea deles, que é forte. Temos de evitar faltas desnecessárias perto da área — ensina o goleiro especialista em pênaltis.
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