| 19/02/2011 17h58min
A emissão de um alerta do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido desaconselhando todas as viagens que não sejam "essenciais" para o Bahrein aumentou a dúvida sobre a realização da corrida de abertura da Fórmula-1 no país.
Após o agravamento do caos no país na última sexta-feira, o ministério reforçou o aviso contra as viagens para o país. Eric Boullier, chefe da Renault, disse que essa atitude torna a decisão das equipes muito mais séria.
— Como chefe de equipe, minha única preocupação é a segurança de meu pessoal. Se, e acho que aconteceu nesta manhã, o Ministério das Relações Exteriores diz "não viaje para o Bahrein", é minha responsabilidade legal que nenhuma das minhas pessoas sejam feridas ou machucadas se eu tomar a decisão de enviá-los. Agora estou preocupado se a FIA dizer para irmos, vou precisar de garantias de segurança para meu pessoal — disse.
Os testes no Bahrein estão programados para acontecer na próxima semana, entre os dias 3 e 6 de março, enquanto a corrida está marcada para o dia 13. Bernie Eccleston disse que tomará a decisão na próxima semana. Boullier admitiu que gostaria que tivesse o GP.
— A corrida em si, gostaria que acontecesse. O primeiro motivo é que isso significaria que não teriam mais mortes e tudo estaria bem no Bahrein. O segundo é que há muitos interesses envolvidos e adoramos ir correr no Bahrein, então definitivamente queremos ir. Mas claro, há a questão da segurança para ser resolvida — destacou.
Segundo o chefe da Renault, Eclestone tomará a decisão sobre os treinos na segunda-feira e sobre a corrida na terça ou na quarta.
Pilotos se preocupam com situação
Nick Heidfeld, da Renault Lotus, pediu que a Fórmula 1 se sensibilize com o que está acontecendo no país e não pense apenas na corrida.
— Não é preciso somente ver como será para os pilotos, mas para o público em geral também, todos que visitam, para todos os espectadores e se os riscos são muito altos. Não diz respeito apenas sobre a segurança dos envolvidos, mas é preciso ser sensível com o que acontece no país — disse.
Já o atual campeão da Fórmula 1, Sebastian Vettel, acredita que a decisão tomada pela categoria será a melhor possível.
— Obviamente, posso julgar a partir daquilo que vejo na imprensa. Acho que, se formos, então estará seguro o bastante. Se não formos, dirão que não está seguro. Quando tomarmos uma decisão será em conjunto, com as equipes, pilotos, FIA e F-1 em geral — destacou.
O japonês Kamui Kobayashi, da Sauber, foi outro que se mostrou preocupado com a situação que vive o povo barenita.
— Estou assustado, mas se tivermos que ir, iremos. Você quer ir para lá um final de semana? Eu também não — retrucou.
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