| 16/02/2011 07h43min
Se a história não tiver uma mudança radical e seguir a tendência dos últimos torneios, o Inter tem boas chances de sucesso na sua tentativa de ir em busca do tricampeonato da Libertadores. Nas duas vezes em que disputou o torneio, Rafael Sobis, conquistou dois títulos. Nas duas finais, deixou sua marca. Pela terceira vez na competição, ele estará fora da terceira estreia em uma competição.
Quando a partida da noite desta quarta-feira contra o Emelec iniciar, Sobis estará diante do sofá, mas torcendo – e muito. Em recuperação de uma lesão no músculo adutor da coxa, o atacante já corre pelo gramado. Cauteloso, não garante sua volta para o segundo jogo, mas também não esconde a vontade de ajudar:
– Quero jogar. É muito chato estar fora. Ninguém gosta de se machucar.
O camisa 11 foi um dos principais nomes nos dois títulos do torneio. Em 2006, atuou em oito partidas e marcou três gols. O primeiro contra a LDU no Beira-Rio, na vitória por 2 a 0 que garantiu o time nas semifinais. Na partida de ida da final diante do São Paulo, em pleno Morumbi, fez os dois gols da vitória por 2 a 1 que pavimentaram o caminho para o título.
Em 2010, chegou nas semifinais. Disputou três jogos. Mas, novamente, deixou sua marca na decisão. Sobis empatou a partida contra o Chivas, do México, aos 16 minutos do segundo tempo - o Inter venceria por 3 a 2 e conquistaria o bi - e voltou a levantar a taça no Beira-Rio.
– Quero manter a média. Meu pensamento é seguir vencendo.
Outra coincidência que ronda a história do jogador na Libertadores é que ele nunca disputou uma estreia do Inter nestas três oportunidades. Em 2006, não viajou para Maracaibo, pois estava com uma lesão no joelho. Quatro anos depois, diante do Emelec, ainda não havia sido contratado. Neste ano, está novamente machucado.
A identificação com a torcida é um de seus traços mais fortes. O jogador sempre faz questão de falar de sua paixão pelo Inter, seu clube do coração. Após o jogo contra o São Paulo, em 2006, a cena do atleta correndo com a bandeira e se atirando no gramado ficou marcada. No ano passado, Sobis, repetiu a comemoração. Mas, para ele, essa ligação não passa de uma “consequência”.
– Eu me preparo muito. Quero ganhar sempre.
Na primeira fase, o jogador, apesar de ressaltar a qualidade dos rivais – Emelec, do Equador, Jaguares, do México, e Jorge Wilstermann, da Bolívia - entende que o principal adversário serão as longas viagens:
– As viagens são muito desgastantes. E o calendário não permite que a gente viaje com um mínimo de antecedência.
– É muito cedo para pensar lá na frente. Vamos passo a passo.
Mas, como a maioria do elenco permaneceu no Beira-Rio, o camisa 11 argumenta que um ponto forte da campanha será a sequência do trabalho para conquistar o tricampeonato da América. Embora ainda não tenha treinado com os novos reforços – Zé Roberto, Cavenaghi e Bolatti – Sobis elogiou os atletas. Ele está convicto de que e, os três acrescentarão ainda mais qualidade e experiência ao elenco:
– O pessoal vem falando muito bem. É um grupo acostumado a vencer.
Apesar de estar sofrendo contestações por parte da torcida, o atacante elogiou o trabalho de Celso Roth. E qualificou o comprometimento e a insistente busca pela melhora como suas principais virtudes.
Em 2010, o treinador o utilizou como um terceiro meia no esquema 4-2-3-1. Neste ano, o jogador deve ser colocado como atacante na volta do 4-4-2. O camisa 11 não escolhe uma posição preferencial:
– Não interessa onde ele vai me colocar. Só quero atuar.
Com contrato até o final do torneio sul-americano, Sobis não começou a tratar da renovação do seu vínculo.
– Só estou pensando na Libertadores
Nos dois títulos, Sobis correu com uma bandeira colorada pelo Beira-Rio
Foto:
tagem sobre fotos de Ricardo Duarte e Daniel Marenco
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