Passar a ponte, virar a casaca, jogar no time do inimigo são expressões que estão sendo usadas com a contratação do atacante Rafael Coelho pelo Avaí. O jogador, formado nas categorias de base do Figueirense, pode não encontrar um ambiente tão receptivo em relação ao torcedor avaiano, já que há uma identificação entre atleta e alvinegro que é difícil da torcida azurra desassociar.

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Recentemente, mais exatamente no início de 2010, o volante Rudnei teve essa mesma desconfiança quando acertou com o Leão. Porém, mostrou que o passado não influenciou em nada a sua performance.

Outro caso foi o do atacante Dão, em 2001, que era ídolo do Avaí e foi parar no Figueirense. Os torcedores do Leão não perdoaram a troca, principalmente depois de o jogador ter beijado o escudo do rival em um clássico. Anos mais tarde, ainda lembrando desse "golpe", o Leão tentou tirar o meia Fernandes do Figueira, numa clara demonstração de fazer o rival sentir o mesmo gosto. 

Apresentação será na quinta

Rafael Coelho será apresentado na quinta-feira, apesar do seu empresário garantir que ele está 100% acertado. Normalmente, os torcedores não aparecem nessas apresentações, mas no primeiro jogo dele com a camisa azul, aí, sim, a turma da arquibancada vai ver se foi uma boa ou não trazer um reforço com forte contato com o coirmão.

Palavra da torcida

– O que importa é que o cara jogue bola e faça o papel dele. Contra o Figueira, ele não vai dar 100%, assim como o Marquinhos no jogo contra o Santos – Neri Júnior, 23, serralheiro

– Se ele honrar a palavra como homem e profissional, é uma boa. O Rudnei é um exemplo disso. Azar do Figueira – Paulo Alves, 58, aposentado

– Acho que não deveria vir porque jogou no Figueirense. Se jogar o clássico, vai fazer corpo mole. Preferiria o Evando – Rudnei Marques, 24, vigilante

– Só vem pro Avaí pra ganhar dinheiro. Ele vai jogar o futebol dele, mas vai render menos. Não boto muito futuro – Emerson Vinícius dos Santos, 17, estagiário